Após mais de 17 horas de julgamento, os capixabas Thiago Philipe Souza Bragança e Wenderson Júnior da Silva foram condenados a 37 anos de prisão pelo assassinato da jovem mineira Ana Paula Feitosa, de 24 anos. Eles vão responder pelos crimes de ocultação de cadáver, furto, homicídio qualificado, asfixia e crueldade.
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O crime aconteceu em janeiro de 2020, nos Estados Unidos, mas os réus confessos foram à juri popular no Fórum Criminal de Vitória na quinta-feira (10).
Ana Paula foi morta no dia 30 de janeiro de 2020 e as investigações sobre o caso tiveram início no mesmo dia, na cidade norte-americana de Los Angeles. Por meio de imagens, a polícia identificou os capixabas. Eles foram acusados de asfixiar e matar a jovem com um fio de ventilador.
Na época, ainda suspeitos, Thiago e Wenderson percorreram várias cidades antes de serem presos em Cariacica.
A promotoria informou que pretende entrar com um recurso para aumentar a pena dos réus. Ressaltaram ainda que Thiago e Wenderson fugiram dos Estados Unidos com medo da lei americana. A Califórnia é um dos 29 Estados norte-americanos que aplica a prisão perpétua e a pena de morte para crimes hediondos.
"No Brasil não tem justiça", diz mãe de jovem morta
O desejo da mãe, que aguarda há três anos para que a justiça seja feita, é que os réus fossem julgados na Califórnia, nos Estados Unidos, onde o crime ocorreu.
"Eu quero que eles peguem pelo menos 80 anos, para ver se ficam pelo menos uns 15 anos presos, porque aqui no Brasil não tem justiça. Eu queria que eles fossem julgados lá, porque lá tem pena de morte", desabafou.
Veja um trecho da entrevista:
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Acusados mandaram imagens da jovem morta para a mãe
Na época do crime, os réus enviaram um vídeo para ela com imagens da filha morta. "Quando eles mataram ela, pegaram o celular e mandaram tudo para mim filmado. 'Disseram assim: ela está morta. Agora nós vamos desovar o presunto'", disse.
Apesar do assassinato ter ocorrido nos Estados Unidos e a vítima ser de Minas Gerais, os réus são julgados no Espírito Santo. Isso acontece porque os suspeitos, agora réus, foram presos em um município capixaba.
"Sempre teve quadro de agressividade", disse mãe de réu após prisão
Após a prisão, a mãe do réu Thiago Philipe entrou em contato com a Rede Vitória, ainda em março de 2020, para falar sobre a situação do filho. A dona de casa, que preferiu não se identificar, revelou que desde muito novo o filho dava indícios de que não seria uma pessoa fácil.
"Ele sempre apresentou um quadro de agressividade. Eu, como mãe, percebia isso", desabafou na ocasião.
Folha Vitória