Segundo levantamento prévio da Fipe, produtos consumidos nesta época do ano registraram aumento acima da inflação
Apesar da desaceleração da inflação no segundo semestre deste ano, a cesta de produtos para a ceia de Natal está 8,5% mais cara em relação ao ano passado. Um dos produtos mais tradicionais, o panetone aumentou 16,2%. No entanto, as carnes registraram recuo no preço. O filé mignon, o pernil com osso e a picanha, por exemplo, ficaram 13,5%, 9% e 1,7% mais baratos.
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Mas a tendência é de alta, porque itens mais tradicionais, como peru, pernil, lombo e chester, devem sofrer alterações até o fim do ano.
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Pereira explica que, no primeiro semestre deste ano, aumentaram muito os custos de produção de alimentos, como ração e energia elétrica. Por isso, mesmo com a redução ao longo do ano da tarifa de energia e dos combustíveis, o custo ainda está embutido nos preços dos produtos.
Na média, o preço da cesta de Natal supera a inflação acumulada do ano e dos últimos 12 meses. De acordo com o IPC da Fipe, a inflação acumulada nos últimos 12 meses em outubro era de 7,62%.
Já a prévia da inflação oficial subiu 0,53% em novembro. O IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumula alta de 6,17% nos últimos 12 meses e, nos 11 primeiros meses de 2022, o avanço foi de 5,35%.
Outros itens apresentaram redução, como o lombo de porco com osso, que teve uma queda de 2,53%, e o azeite de oliva (-0,86%). Sucos também sofreram impacto menor, como o suco de laranja (0,17%) e o suco de morango (0,60%), ambos com leve alta entre os dois levantamentos.
Outros itens tradicionais de Natal, consumidos na ceia, ficaram mais caros. A uva registrou aumento de 49,1%, farofa (31,4%), morango (24,6%), sorvete (18,9%), bacalhau (15,6%) e chester (13,9%) foram os mais afetados, na comparação com 2021.