Francisco também criticou 'voracidade do consumo'
O papa Francisco celebrou na noite do último sábado (24), na Basílica de São Pedro, Vaticano, a missa do Natal do Senhor e denunciou uma "humanidade insaciável por dinheiro, poder e prazer". "Penso sobretudo nas crianças devoradas pelas guerras, pela pobreza e pela injustiça", disse o líder da Igreja Católica para um público de 7 mil pessoas, sem contar os 3 mil fiéis que acompanhavam do lado de fora da basílica por meio de telões.
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Esse foi o maior público da missa de Natal desde o início da pandemia de Covid-19, que nos últimos anos havia obrigado o Vaticano a limitar a capacidade na basílica para evitar aglomerações.
Por outro lado, ficou consolidada a nova tradição de realizar a celebração às 19h30 (horário local), e não mais às 21h30, como era de costume antes da pandemia.
"Também neste Natal, uma humanidade insaciável por dinheiro, poder e prazer não deixa lugar, assim como foi com Jesus, aos menores, aos muitos não nascidos, aos pobres e esquecidos. Mas Jesus chega justamente ali, menino na manjedoura do descarte", afirmou Francisco em sua homilia.
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O pontífice ainda aproveitou a ocasião para criticar a "voracidade do consumo". "Os homens do mundo, esfomeados por poder e dinheiro, consomem até seus vizinhos, seus irmãos. Quantas guerras! E em quantos lugares, ainda hoje, a dignidade e a liberdade são pisoteadas! E as principais vítimas da voracidade humana são sempre os frágeis", acrescentou.
O Papa também pediu que as pessoas deponham aos pés da manjedoura as "desculpas, justificativas e hipocrisias". "Não deixemos passar este Natal sem fazer alguma coisa de bom. A verdadeira riqueza não está nas coisas, está nas pessoas, sobretudo as mais pobres", disse.
Às 8h (horário de Brasília) desta sexta-feira (25), Francisco dá continuidade às celebrações natalinas com a bênção "Urbi et Orbi" ("À cidade e ao mundo"), na qual ele aborda os principais temas da atualidade.