Usando o número de telefone e o nome da Paróquia São Francisco de Assis, sediada em Jardim da Penha, Vitória, criminosos tentaram aplicar golpes para tirar dinheiro de fiéis.
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Eles enviavam mensagens pelo WhatsApp com o mesmo número telefônico da Igreja, mas com uma pequena diferença, que só era percebida por quem estava mais atento: o DDD era 55, código do Rio Grande do Sul.
Uma integrante da comunidade católica recebeu na última sexta-feira (30) pelo aplicativo em seu celular uma mensagem que dizia:
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"Preciso fazer um pagamento agora e não estou conseguindo acessar minha conta pelo aplicativo. Tem como fazer para mim? Amanhã faço o retorno para sua conta, ok?"
"Assim que ficamos sabendo, já mandamos nos grupos de WhatsApp avisando e pedindo para denunciarem. Também publicamos nas redes sociais para que as pessoas ficassem atentas", recordou.
Ela disse que a paróquia não sabe se alguém caiu no golpe. "O que sabemos é que tentaram aplicar o golpe se passando por nós. Acredito que se alguém tivesse caído, teria nos procurado para juntos acionarmos à polícia", informou.
Especialistas pedem que pessoas desconfiem de mensagens pedindo dinheiro
Integrante da paróquia, o especialista em Tecnologia de Informação e Segurança Digital, Eduardo Pinheiro, diz que é preciso desconfiar de mensagens pedindo doações ou transferências em dinheiro. Na dúvida, o recomendado é buscar sempre a opinião de pelo menos duas pessoas de confiança.
"Em primeiro lugar, em tempos de avalanches de golpes, o melhor a fazer é duvidar de tudo e buscar sempre uma fonte oficial por outro meio, podendo ser por telefone ou presencialmente", aconselha.
Ele reforça que os criminosos utilizam técnica de manipular psicologicamente as vítimas, a chamada engenharia social, para induzi-las a fazerem transferências para contas bancárias criadas com esse propósito criminoso.
"E por fim, manter-se bem informado sobre os golpes existentes, pois sabendo como ocorre um golpe é a melhor forma de prevenção", conclui.
Ele também lembra que os golpes virtuais são passíveis de serem investigados pela autoridade policial. Quem receber mensagens ou for vítima desse tipo de crime pode registrar um boletim de ocorrência no site da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Cibernéticos.
Galvani pede que se colete evidências, salvando e-mails, fazendo print das telas e conservando as conversas nos aplicativos de mensagens.
"Salve esses arquivos em mais de um lugar, se possível na nuvem, em um pendrive ou HD externo, por exemplo. De preferência, chame testemunhas para acompanhar todo o procedimento. Nessa etapa, é importante juntar todos os materiais que comprovem a existência do fato ou dos fatos", explica.
Em alguns casos mais complexos, as informações precisam ser registradas no formato de ata notarial em um cartório mais próximo. Esse instrumento declara a veracidade de documentos e fatos digitais.
"O trâmite será necessário para que os arquivos reunidos sejam usados como provas numa possível ação judicial", reforça.
Folha Vitória