A advogada Márcia Borlini Marim Sanches, uma das que foram condenadas a mais de 33 anos de prisão por levar drogas a presídio, foi absolvida pela Justiça capixaba na última quarta-feira (13), meses após uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, anular todas as provas que foram coletadas por um agente infiltrado pela Justiça na prisão.
Além de Márcia, outra advogada, Joyce da Silva Boroto, também havia sido condenada aos mesmos 33 anos e oito meses.
Quer receber nossas notícias pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de notícias!
Outras seis pessoas, além das duas, também foram condenadas, envolvidas na mesma situação.
O caso começou a ser investigado no dia 26 de março de 2020, quando o Centro de Detenção Provisória de Guarapari acionou a polícia sobre um possível envolvimento de advogados com a entrada de drogas no presídio.
O objetivo foi desmantelar uma organização criminosa suspeita de vender drogas para internos do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarapari.
As investigações começaram após um inspetor penitenciário do CDP de Guarapari denunciar que havia recebido propina de Joyce para levar drogas para dentro do presídio e entregá-las a Rogério Alvarenga Carvalho Filho, que faria a distribuição entre os demais detentos.
Clique aqui e siga o RegionalEs no instagram
Venda de drogas no presídio de Viana
De acordo com a sentença, Rogério iniciou um relacionamento amoroso com Márcia na época em que ele estava preso no Centro de Detenção Provisória de Viana. Até então, Márcia trabalhava como advogada de Rogério.
"Ao que tudo indica, Márcia desde este período já se movimentava para o acesso às dependências do referido estabelecimento penal para a inserção de drogas e redistribuição por parte de Rogério", relata um trecho da sentença.
Ainda segundo as investigações, para viabilizar o tráfico de drogas dentro do presídio de Viana, o casal contava com a ajuda de um inspetor penitenciário, que também foi condenado na ação.
Em abril de 2020, Rogério foi transferido para o Centro de Detenção Provisória de Guarapari, o que teria o desagradado. Para tentar retornar ao presídio de Viana, ele chegou a alegar, por intermédio de Márcia, que havia sido torturado no CDP de Guarapari, mas constatou-se que as informações eram falsas.
Folha Vitória