Risco de infarto é maior às segundas-feiras; entenda o motivo

Não tem jeito. A segunda-feira é sinônimo de amor e ódio, afinal, há quem goste e há quem não suporte. E tem mais: no meio desse embate, segundo resultados apresentados por uma pesquisa, divulgados na conferência da Sociedade Cardiovascular Britânica, em Manchester, os infartos acontecem com mais regularidade exatamente no primeiro dia útil da semana.

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Dados de mais de 10,5 mil pacientes internados por infarto entre 2013 e 2018 em hospitais foram analisados.

O estudo, então, identificou um pico de casos da forma mais grave (Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnivelamento do segmento ST), na segunda-feira. As análises foram feitas na Irlanda e Irlanda do Norte.

Nessa altura da matéria você deve estar se perguntando: o que uma coisa tem a ver com a outra, certo? É isso que o cardiologista Roberto Yano explica.

Segundo Yano trata-se de uma questão multifatorial, porém, os fatores que levam a esses números não estão totalmente esclarecidos.

"Existem diversas teorias sobre o que pode gerar esse tipo de aumento de casos em um dia específico da semana. Uma das teorias é a alteração no ciclo circadiano, que regula o sono e vigília do corpo, e que pelas mudanças abruptas de rotina durante dias da semana e finais de semana, pode ficar desregulada", explica.

O sistema nervoso simpático é responsável pelo ajuste do organismo fazendo que ele suporte esforços intensos, estresse físico, e mental, além de situações de perigo.

"A verdade é que a causa desse fenômeno depende, com certeza, de muitos fatores e é bastante complexa, por isso ainda não há consenso sobre qual seria, ou se há, um fator decisivo e único para esse fato".

Conheça 8 sinais do infarto

1. Tontura;
2. Suor frio;
3. Dor e formigamento no braço esquerdo;
4. Falta de ar;
5. Desmaio;
6. Náusea;
7. Cansaço elevado (mesmo sem ter realizado esforço físico intenso);
8. Dor aguda no peito como um aperto.

É possível evitar um infarto?

O cardiologista alerta para a importância da prevenção, mas para isso é preciso adotar algumas mudanças no estilo de vida, caso ele esteja 'desajustado'. "Por fim, para evitar esse tipo de problema em qualquer dia da semana, é importante realizar o seu acompanhamento médico de rotina, ter um estilo de vida saudável, alimentando-se bem, praticando exercício físico regular, controlando ao máximo o estresse do dia a dia e finalmente dormir bem", conclui Roberto Yano.