A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira (25) uma operação, chamada Rota Polaca, contra uma associação criminosa que atua na região Noroeste do Espírito Santo promovendo a migração ilegal de pessoas para os Estados Unidos através da fronteira com o México. Agentes fizeram buscas em duas cidades capixabas e uma pessoa foi presa com dinheiro falso.
Segundo a Federal, as investigações tiveram início há um ano, após denúncia de familiares de emigrantes brasileiros que chegaram aos EUA.
Os parentes relataram que os familiares que conseguiram entrar nos Estados Unidos viveram "terríveis condições durante a viagem, bem como as cobranças extorsivas praticadas por parte dos 'coiotes' (intermediários da travessia ilegal)".
A Polícia Federal divulgou ainda que os membros dessa associação criminosa operam em larga escala no Espírito Santo, em Minas Gerais e Bahia.
Além de dinheiro, cobram a entrega de veículos e imóveis dos interessados em ir para os Estados Unidos. Fazem isso, segundo a Federal, "sem alertá-los dos perigos da travessia pela região desértica da fronteira do EUA-México, explorando a vulnerabilidade dos migrantes".
Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades de Barra de São Francisco e Águia Branca. Durante as buscas no primeiro município, foi encontrado com um dos investigados 19 cédulas falsas de R$ 50 e uma quantidade de maconha. O homem foi preso em flagrante.
A Polícia Federal informou que os investigados vão responder pelo crime de promoção de migração ilegal, com pena que chega a cinco anos de reclusão, além de também responder pelo crime de moeda falsa, com pena de até 12 anos de reclusão.
Com o material apreendido nesta sexta-feira na Operação Rota Polaca, a Polícia Federal declarou que "visa reunir provas e evidências que corroborarem as denúncias das vítimas, auxiliando nas investigações em andamento, o que representa um passo importante na luta contra o tráfico humano e a exploração de pessoas vulneráveis em busca de uma vida melhor".