O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, esteve em Vitória na última segunda-feira (18) para anunciar investimentos de R$ 22 bilhões no Espírito Santo. Ele participou da cerimônia de aniversário de 15 anos de produção do pré-sal no Brasil, realizada na sede capixaba da empresa em Vitória.
Além disso, a Petrobras planeja investir em 10 parques eólicos, sendo dois deles no Sudeste: um no Espírito Santo e outro no Rio de Janeiro.
O Espírito Santo é terceiro estado no ranking da produção de petróleo e gás da Petrobras – atrás apenas do Rio de Janeiro e São Paulo. A companhia conta atualmente com mais 10 mil empregados e terceirizados ligados à sede capixaba – sendo que 7 mil trabalham em operações offshore.
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Do tipo FPSO (sistema flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo), o Maria Quitéria irá operar no pré-sal do campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos, com capacidade de produção de 100 mil barris de petróleo por dia.
Investimento em energia eólica
Outra frente de investimentos da Petrobras no Estado é o desenvolvimento de energia eólica.
Conforme divulgado em março deste ano, a companhia estuda, em parceria com a Equinor, a viabilidade técnica e ambiental do projeto Aracatu II, no litoral do Espírito Santo (em conjunto com o projeto Aracatu I, no litoral do RJ) – com capacidade total de geração de 4GW.
Na última semana, a companhia encaminhou, junto ao órgão ambiental, pedido para iniciar o processo de licenciamento de 10 áreas no mar brasileiro destinadas ao desenvolvimento de projetos de energia eólica offshore.
O pedido de início de licenciamento é uma sinalização de interesse da Petrobras para o desenvolvimento de projetos próprios, além dos projetos em parceria, a exemplo das áreas que estão sendo estudadas em conjunto com a Equinor.
A Petrobras investe ainda R$ 59 milhões em nove projetos de responsabilidade socioambiental no estado (sendo quatro ambientais e cinco sociais), com treze municípios atendidos.
Aniversário do início da produção de pré-sal
Também estiveram presentes o governador em exercício do Espírito Santo, Ricardo Ferraço, além de representantes sindicais, da sociedade e do poder público.
A produção do pré-sal brasileiro começou em setembro de 2008, no Espírito Santo, com a plataforma P-34. Ela já operava no pós-sal e foi adaptada para produzir o primeiro óleo do pré-sal, no campo de Jubarte.
Hoje, além da produção em pós-sal com a P-57, esse campo continua produzindo no pré-sal com o FPSO Cidade de Anchieta e a P-58, uma das grandes unidades da Petrobras.
Do primeiro óleo até hoje, a produção do pré-sal se estendeu para a Bacia de Santos, e hoje são 31 plataformas atuando naquela camada, das quais 23 inteiramente dedicadas. Nessa evolução, o pré-sal responde hoje por 78% da produção brasileira – e por mais de 1/3 da produção da América Latina.
"O pré-sal é a prova da capacidade de superação do brasileiro, que não se entrega e vai à luta. É a síntese da jornada de inovação da Petrobras, que vem ultrapassando, ao longo de 70 anos de história, todo tipo de desafio e, ao mesmo tempo, entregando resultados surpreendentes. Se hoje o pré-sal responde por quase 80% da produção do país é porque nosso corpo técnico conseguiu transformar em realidade uma fronteira até então inexplorada – nas mais extremas condições geológicas, em águas ultraprofundas, a 300 km da costa", resumiu Jean Paul Prates.
Folha Vitória