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Vídeo | "Sheik" de Guarapari: desafio para ganhar carro termina em confusão e correria

Depois jogar dinheiro de uma cobertura e esconder uma moto na cidade, Flávio Ramos promoveu um desafio que interrompeu trânsito e acabou em tumulto na Praia do Morro

Por Regional ES

26/10/2023 às 16:19:47 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Uma brincadeira que tinha como prêmio um carro zero feita pelo empresário Flávio Ramos, conhecido como "sheik brasileiro", gerou muito tumulto, confusão e correria na Praia do Morro, em Guarapari. A situação foi registrada na manhã desta quinta-feira (26).

Durante a semana, o empresário afirmou que iria "esconder" um veículo pela cidade. Os candidatos a ganhar o automóvel deveriam ficar encostados na lataria e quem aguentasse ficar por mais tempo, levaria o carro para casa.

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Entretanto, durante a brincadeira, um intenso tumulto se formou, sendo necessária a intervenção da Polícia Militar.

Algumas pessoas chegaram a depredar o veículo usando pedaços de pau. Um homem chegou a subir no teto do carro e pular em cima dele. Houve também correria na orla.

Veja vídeos da confusão em Guarapari após desafio de carro:



Após a confusão, "sheik" de Guarapari se pronuncia nas redes sociais:

Flávio Ramos foi até as redes sociais para afirmar que a situação, que era para ter sido uma "brincadeira" e um "entretenimento para a cidade", terminou em confusão e tumulto.

Confira o vídeo completo:


"Estou sem saber o que fazer agora. A intenção não era trazer tumulto para a cidade, não era trazer desconforto, a intenção era fazer uma brincadeira, todo mundo colocava a mão. Ia ser uma prova de resistência e o último levava o carro", disse.

O empresário contou em seu Instagram que o carro depredado precisaria ser guinchado para conserto.

No vídeo, ele também agradeceu o trabalho da Polícia Militar de Guarapari. "Ela estava ali prestando um trabalho muito bom. Nem era obrigação estar ali, porque não era uma ação da prefeitura, mesmo assim quero agradecer demais", disse.

Ele também explica que antes do carro ser colocado no local delimitado, parte do veículo foi quebrado. "Acabou gerando o que a gente não queria".

O Folha Vitória procurou a Polícia Militar sobre relatos de feridos durante a situação. A corporação informou que a ocorrência está em andamento e a matéria será atualizada assim que houver manifestação.

E na última segunda-feira (23), ele realizou uma brincadeira em que escondeu uma moto avaliada em R$ 18 mil para quem achasse o veículo "escondido" pelo município – com chave na ignição, capacete e documentos todos regularizados.

Ele admite que o objetivo maior das ações inusitadas de dar uma de "Silvio Santos e o dono do Baú" é o de ganhar fama na web e aumentar o próprio engajamento nos perfis.


Alerta: dinheiro fácil x vício

Um jogo de aposta, como todo "jogo de azar", é um jogo em que se aposta algum valor com a intenção de receber um prêmio. Nos jogos online que viraram febre no Brasil existe sempre o risco de errar o seu palpite e, consequentemente, perder todo o dinheiro envolvido.

Com o amplo interesse pelas oportunidades, apresentadas muitas vezes como forma de ganhar "dinheiro fácil" e de se tornar um jogador e apostador profissional, muitas vezes, não é retratado o efeito colateral que esse comportamento pode ter - lê-se vícios e dependências.

Segundo a psicoterapeuta Zenaide Monteiro, o vício nos jogos acontece quando o indivíduo possui uma tendência à compulsão e não consegue "parar de jogar".

"Os jogos vão impulsionar uma área da mente despertando o prazer, adrenalina e, quando se ganha, alívio e sensação de vitória. No final, a pessoa acaba agindo com 'ações inconsequentes' e faz qualquer coisa para ganhar", alerta.

Em tom de saúde mental mesmo, a especialista ainda declara que o vício pode surgir até mesmo quando criança, quando são estimulados ou não pelo meio em que vivem. Entretanto, a compulsão nos jogos de aposta podem ser engatilhadas por vários motivos. "A pessoa pode começar na curiosidade, com isso as emoções são despertadas e não consegue parar", reitera.

"O especialista vai analisar os sintomas e ações do paciente para decidir a melhor ação. Às vezes é necessária a ajuda de estabilizadores", conclui.


Fonte: Folha Vitória
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