Um homem morre a cada 38 minuto em decorrência do câncer de próstata no Brasil. A estimativa é do Instituto Nacional do Câncer. Ainda segundo o Inca, este ano o Espírito Santo deve registrar mais de 1.700 novos casos.
Basicamente são dois tipos de exames para descobrir a doença: o toque retal e o exame de sangue PSA.
Acontece que o estigma em torno dos exames impede um diagnóstico precoce e, dessa maneira, reduz muito a chance de cura. Quer seja por medo, por desinformação ou por vergonha, muitos homens evitam fazer os exames.
É louvável a iniciativa das prefeituras da Grande Vitória, por exemplo, em desenvolver palestras e mutirões de consultas e exames especializados durante o mês de novembro, considerado mundialmente o mês de combate ao câncer de próstata.
No entanto, em paralelo, desconstruir o preconceito por meio de campanhas de conscientização, educação e diálogo é fundamental para encorajá-los a cuidarem da saúde. E essas ações precisam ser direcionadas para o grande público e de maneira permanente, afinal, não se muda a cultura de uma hora para outra.
Um bom exemplo são as campanhas de combate ao câncer de mama, como o Outubro Rosa, que historicamente têm tido mais visibilidade com a incorporação de estratégias de marketing, eventos de arrecadação de fundos e parceria com empresas, o que acaba gerando maior engajamento público.
Em ambos os casos é imprescindível abordar o impacto positivo que o acompanhamento regular da saúde proporciona e o fato de que quanto antes a doença for identificada, maiores são as chances do tratamento ser bem-sucedido, ou seja, de preservar a qualidade de vida dos pacientes.
Nesse caso, não seria exagero dizer que os homens precisam aprender com as mulheres.
Disseminar informações precisas e incentivar a quebra de tabus ajuda a reduzir a taxa de mortalidade e a salvar vidas.