Influenciadores estão sendo investigados por suspeita de participarem de esquema de pirâmide financeira
Conhecido como "Jogo do Tigre" (ou "Fortune Tiger", em inglês), a plataforma ilegal de apostas ganhou repercussão após uma reportagem veiculada no Fantástico, neste domingo (3). O jogo é investigado pelas autoridades por suspeita de golpe e esquema ilegal envolvendo influencers.
No mês passado, o Folha Vitória também havia acompanhado o início das investigações ligadas a personalidades do Estado do Paraná e outros influenciadores, que teriam aliciado o público.
No entanto, para compreender a polêmica a fundo, é preciso saber a dinâmica da plataforma de jogos de azar, considerados ilegais no Brasil.
Em primeiro lugar, o jogador deve selecionar a quantia em dinheiro que irá apostar. Segundo a propaganda do jogo, o participante pode ser capaz de multiplicar até 10 vezes o valor da aposta por meio de uma rodada bônus, ativada de forma aleatória.
Ainda conforme alegado pelo marketing da plataforma, um suposto apostador teria conseguido alcançar a quantia de R$ 270 mil. No entanto, não há meios para verificar a informação.
Já os sacos de moedas, amuletos da sorte e lingote de ouro, equivalem a prêmios maiores. O avatar do jogo, representado pelo Tigre da Fortuna, funciona como um coringa, podendo substituir as outras figuras. No entanto, apesar do investimento, não há o retorno prometido.
O "Jogo do Tigre" possui versões variadas disponíveis em lojas de aplicativo oficiais e na web, de empresas distintas, devido a facilidade de cópia dos códigos.
Além do Tigre, outros animais do zodíaco asiático inspiraram jogos de azar, como "Coelho da Fortuna", "Rato da Fortuna", e "Boi da Fortuna".
O jogo "Fortune Tiger", o "Jogo do Tigrinho" é hospedado fora do país. Assim, a não há registro ou representantes no Brasil.
Por isso, a Polícia desconfia da existência de um esquema de pirâmide financeira e atualmente investiga influenciadores que divulgam os jogos. Entre eles, o quarteto do Paraná: Du Campelo, Gabriel, Ezequiel e Ricardo, suspeitos de receber entre R$ 10 e R$ 30 a cada nova inscrição nos espaços.