Saúde Dengue

ES registra 12 mil notificações de dengue em 1 mês; doença pode levar a afastamento do trabalho de até 7 dias

Média semanal de notificações subiu ao longo do mês de janeiro, e já são mais de 4 mil registros a cada sete dias. Entenda quanto tempo o trabalhador pode ficar afastado do trabalho.

Por Regional ES

10/02/2024 às 13:46:29 - Atualizado há
O Espírito Santo começou o ano de 2024 com 12.801 notificações de dengue - Foto: Sesa-PR

O Espírito Santo começou o ano de 2024 com 12.801 notificações de dengue. O número é da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), que aponta ainda um avanço de mais de 200% na média de casos no decorrer das semanas. Uma morte em decorrência da doença já foi confirmada. Diante do aumento de casos, também aumentam os afastamentos dos trabalhadores por causa da doença.

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Na primeira semana do levantamento, foram 1.344 notificações, entre os dias 31 de dezembro de 2023 e 6 de janeiro.

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Já na quinta semana do levantamento, que considerou o período entre os dias 28 de janeiro e 3 de fevereiro, foram 4.152 notificações. O aumento da média semanal é de 208%.


Vale lembrar que, em 2023, o Espírito Santo já passou por uma explosão de casos da doença, e o estado fechou o ano com a maior incidência de dengue do país.

Atualmente, 25 dos 78 municípios do estado são considerados como de "alta incidência de casos", incluindo a capital Vitória, que possui taxa de aproximadamente 316 casos a cada 100 mil habitantes.

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Para o Ministério da Saúde, a incidência é um importante indicador de alerta e ajuda a orientar as ações de combate à dengue. O órgão considera três níveis de incidência - baixa, média e alta. Mais de 300 casos por 100 mil habitantes, a cada quatro semanas, já classifica a incidência como "alta".

Gravidade da doença é diferente para cada pessoa

Os principais sintomas da dengue são febre, dor de cabeça, dor no corpo e dores nas articulações.

Em caso de suspeita de dengue é indicado procurar o médico porque alguns sinais de gravidade só são vistos em exames de sangue, como o hemograma, conforme explica a infectologista Rúbia Miossi.

"Com o exame de sangue a gente consegue ver se a pessoa está com hemoconcentração, que é o que indica fazer a hidratação do paciente. Conseguimos ver também se os linfócitos estão baixos, o que sugere uma possível evolução mais grave do quadro", explicou a médica.

Larvas do mosquito da dengue. Principal foco da doença está nas residências. — Foto: Reprodução/EPTV

Larvas do mosquito da dengue. Principal foco da doença está nas residências. — Foto: Reprodução/EPTV

O afastamento das atividades pode ser necessário até que o paciente se recupere por completo da doença. Geralmente, o período indicado pelos médicos é de até sete dias, dependendo de cada caso.

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"A recuperação vai depender de como o paciente vai evoluir. Em geral, em sete dias, a pessoa já está recuperada, mas há casos de pessoas que tiveram sintomas leves e se recuperaram em cinco dias, por exemplo, e, também, casos em que, após sete dias, os sintomas começaram a se agravar, sendo necessário se afastar das atividades por mais tempo", falou o infectologista Manoel Rodrigues.

O infectologista frisa ainda que é importante também ficar atento aos chamados "sinais de alarme da dengue".

"Dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, acúmulo de líquidos, hipotensão postural e/ou sensação de desmaio, sangramento de mucosas, não são sintomas em casos que não são graves", pontuou o médico.

Montanha de pneus preocupa moradores de Cachoeiro de Itapemirim, eles temem que o local vire foco para o mosquito da dengue. — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Montanha de pneus preocupa moradores de Cachoeiro de Itapemirim, eles temem que o local vire foco para o mosquito da dengue. — Foto: Reprodução/TV Gazeta

Hidratação é fundamental

A médica Rúbia Miossi esclarece como a hidratação deve ser feita, especialmente, enquanto durar a febre.

"Quando falamos de hidratação não é só água. Na prática, falamos também de soro de reidratação oral, sucos de frutas, isotônico, água de coco", listou a infectologista.

"Apesar do Ministério da Saúde recomendar, eu só não recomendo chás, porque existem algumas plantas que podem prejudicar o fígado e o vírus da dengue já causa inflamação no fígado", finalizou a Dra. Rubia.

Outras doenças transmitidas pelo aedes também crescem no ES

As doenças chikungunya e zika também são transmitidas pelo mosquito aedes aegypti e, igualmente, apresentam crescimento de casos no Espírito Santo.

Em 2024, foram notificados 774 casos de chikungunya no Espírito Santo, com nenhuma morte. 233 apenas entre os dias 28 de janeiro e 3 de fevereiro.


Já em relação a zika, são 282 casos de infecção no estado, com nenhuma morte. 93 apenas na última semana.



Fonte: G1
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