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ES tem menores índices de pobreza e extrema pobreza em 12 anos, diz estudo

Em 2022, a taxa de pobreza no Espírito Santo era de 26,4% (1,1 milhão de pessoas). Este índice caiu para 22,8% (955 mil cidadãos) no ano passado

Por Regional ES em 24/04/2024 às 06:51:12

Foto: TV Vitória

Um estudo divulgado pelo Instituto Jones dos Santos Neves mostra que o Espírito Santo apresentou as menores taxas de pobreza e extrema pobreza dos últimos 12 anos.

Em 2022, a taxa de pobreza no Espírito Santo era de 26,4% (1,1 milhão de pessoas). Este índice caiu para 22,8% (955 mil cidadãos) no ano passado, representando uma queda de 3,6 pontos percentuais em um ano em todo o Estado.

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Já os índices de extrema pobreza caíram de 4,1% (169 mil pessoas) para 2,7% de 2022 para 2023 (111 mil cidadãos), representando uma queda de 1,4 ponto percentual.

Os números seguem a tendência do resto do Brasil. Em 2022, havia 31,6% em situação de pobreza no país. Em 2023, o número passou para 27,5%. Em extrema pobreza estavam em 5,9% há dois anos, passando para 4,4% no ano passado.

"A pobreza engloba as pessoas que vivem com menos de R$ 664 por mês. Já a extrema pobreza inclui pessoas que vivem com menos de R$ 208 aproximadamente por mês", explica o diretor-presidente do Instituto Jones dos Santos Neves, Pablo Lira.
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"O estudo demonstrou que tanto o Brasil quanto o Espírito Santo alcançaram um resultado histórico na redução da pobreza e da extrema pobreza. Foram as menores taxas conquistadas".

Ainda segundo Lira, os atuais números no Espírito Santo são reflexo do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. Ele informa que o crescimento do PIB no Estado foi maior do que a média nacional.

Isto, de acordo com ele, colabora para geração de emprego e renda para a população capixaba.
"O PIB brasileiro cresceu 2,9%, enquanto que o do Espírito Santo cresceu 5,7%. O cenário econômico no Espírito Santo apresentou uma queda no desemprego, aumento na renda e geração de mais oportunidades de trabalho".

A secretária explica que estes investimentos ajudam a abastecer a economia estadual, levando em conta principalmente os mercados locais.

"Grande investimento em transferência de renda direta para a população capixaba, prioritariamente, que também ajudou a movimentar a economia, dos pequenos negócios, dos pequenos comércios do Estado, também ajudou na melhoria da empregabilidade, colocando o Espírito Santo nos índices de menor taxa de desemprego, assim como também os grandes investimentos em educação", disse.

Caminho ainda é longo, diz sociólogo

"A sociedade brasileira e, por tabela, a capixaba, é historicamente marcada pela desigualdade social. Hoje, um grupo pequeno de pessoas concentra uma grande quantidade de poder aquisitivo, de renda, e a grande maioria da população vive em condições salariais não satisfatórias", disse.

Segundo ele, a batalha contra a desigualdade e a pobreza no país ainda não está ganha. É preciso que políticas públicas continuem a ser implementadas para dar continuidade aos progressos.

"O caminho é longo e pressupõe a necessidade de continuidade das políticas públicas, não existe uma batalha ganha. É preciso que as políticas continuem ganhando escala, continuidade e o que o índice de emprego continue a crescer de forma sustentada e qualificada", afirmou.

Famílias capixabas ainda vivem com menos de um salário mínimo

Ela relata que precisou ir para o local por não ter condições de pagar um aluguel de uma casa mais adequada para abrigar a família.

"Vim para cá por causa de certas condições, de não poder pagar aluguel, com filho para criar", relata.

Atualmente, ela e o marido estão desempregados, e a única renda que têm é do benefício de prestação continuada, que o filho mais velho recebe, uma vez que tem deficiência motora.

O benefício é no valor de um salário mínimo, mas ela relata que recebe cerca de R$ 800, já que precisou realizar um empréstimo para levar a família para o imóvel em que vivem.

"É um salário, mas por eu ter feito um empréstimo para conseguir dar um canto para os meus filhos morarem, não estou recebendo o valor total. Só recebo R$ 800 hoje. Vivemos fazendo um milagre. Eu invisto mais em comida que é mais necessário para as crianças, e quando dá comprar um calçado, porque é necessário. Meu filho mais velho gasta muitos calçados por conta do problema dele, além de remédios e coisas básicas, que precisam de imediato", afirma.


Fonte: Folha Vitória

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