Objetivo é criar micropolo para receber gestantes do próprio município, além de Ponto Belo e Mucurici
Na reunião extraordinária desta terça-feira (23), deputados da Comissão de Saúde se prontificaram a apoiar o pleito encampado por líderes políticos e gestores de Montanha, no norte capixaba. O pedido é que o município se torne um micropolo para a realização de partos no Hospital e Maternidade Nossa Senhora Aparecida.
Atualmente a unidade filantrópica faz uma média de 21 partos por mês, a maioria pela iniciativa privada – os demais são casos de urgência atendidos pelo SUS. A referência para esses procedimentos é São Mateus, mas o longo deslocamento pelas estradas dentro de ambulâncias causa sofrimento e representa risco para as gestantes.
Conforme explicou o presidente do Conselho Administrativo do hospital, Francisco de Assis Ferreira, é preciso que a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) dê aval para reestruturar a regionalização local. Dessa forma, Montanha passaria a ser o município polo para receber mulheres grávidas também de Ponto Belo e Mucurici.
Se isso vier a se concretizar, a estimativa é que a demanda por partos chegue a 80 por mês, próximo dos 100 necessários para viabilizar o custeio, que seria dividido entre as três prefeituras. "O que nos impede de ser uma referência? O custo. Nós temos hoje 21 partos, quando o ideal é você ter 100", revelou. "Um município sozinho é impossível", afirmou.
Numa demonstração de unidade política, o presidente da Câmara Municipal, Clébio Maciel Raulino (PMN) e o prefeito André Sampaio (PSB) apoiam o projeto. Segundo o gestor, hoje são repassados diretamente R$ 250 mil por mês ao hospital. "O que acontece muitas vezes em um hospital como o nosso é ficar como única fonte a prefeitura", salientou Sampaio.