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Produtores do ES buscam alternativas para proteger pitayas dos ataques de pássaros e garantir colheita

Por Regional ES

02/05/2024 às 11:02:00 - Atualizado há
Foto: Reprodução

Os produtores de pitaya em Santa Maria de Jetibá, Espírito Santo, estão enfrentando desafios com ataques de pássaros no final da colheita e estão adotando estratégias para proteger as plantações. Uma dessas medidas é envolver as frutas com sacolas resistentes e também diversificar os cultivos frutíferos próximos aos plantios.

Segundo o Incaper, no estado, o estado possui pelo menos 41 hectares de área plantada com pitayas, cujo valor de produção ultrapassou os R$ 3 milhões em 2022, sendo que apenas em Santa Maria de Jetibá esse valor chegou a R$ 300 mil.

Produção de pitaya é coberta com sacolas resistentes em lavouras do ES

O ataque de pássaros tem se mostrado um desafio para produtores de pitaya de Santa Maria de Jetibá. No entanto, eles já estão em busca de alternativas para driblar esse problema nas lavouras.

Para a produtora Michelle Boldt foi uma surpresa ter os plantios afetados desta forma. "Foi inesperado termos esse ataque de pássaros no final da colheita. Em outros anos, nunca enfrentamos esse tipo de problema, nunca vimos tantos passarinhos concentrados causando prejuízos".

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Com cerca de 180 pés de pitaya, a família de Michelle viu uma perda estimada de 40% nesta safra. "Aqui, vivemos da agricultura familiar, uma tradição que passou de pai para filho. Nossa média de estimativa é de 25 quilos por pé que conseguimos colher. Com 180 pés plantados e uma perda total de 40% na colheita, o impacto é significativo. Nossos clientes também sentem as consequências", Michelle Boldt.

A presença repentina dos pássaros nas plantações intrigou os produtores que nunca haviam enfrentado algo semelhante. O Incaper aponta que isso pode ser causado pela escassez de frutos em outras árvores frutíferas, levando as aves a atacarem frutas mais maduras, como as pitayas.


Protaze Magevski, técnico do Incaper, explica: "Este ano, estamos observando um aumento nos ataques às plantações de pitaya por parte das aves. Isso se deve, em parte, à coincidência de escassez de outros frutos neste momento. Temos observado que algumas plantas nativas ainda estão verdes nessa época. Essa conjunção de fatores tem levado as aves a atacarem de maneira comprometedora os plantios de pitaya dos produtores."

Como medida para contornar essa situação, os produtores recorreram ao uso de toucas descartáveis para proteger as frutas. No entanto, a chuva acabou destruindo esses materiais. O pesquisador sugere agora o uso de sacolas parafinadas, resistentes tanto às chuvas quanto ao bico dos pássaros, como uma alternativa viável para proteger as colheitas no final da safra.

O pesquisador aponta algumas alternativas adicionais para o problema, como a criação de áreas de refúgio para fornecer mais fontes de alimentação para os pássaros. Essa iniciativa é adotada pelo produtor Daniel Pautz, de Santa Maria de Jetibá, que combina o cultivo de banana e mamão na mesma propriedade, buscando equilibrar o ecossistema.


Fonte: Folha Vitória/AGRO BUSINESS
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