O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta terça-feira (11) que a autarquia está trabalhando para entregar em breve a opção de pagamento por Pix via aproximação no celular.
Segundo ele, a falta dessa possibilidade é o que leva muitas pessoas a preferirem usar o cartão de crédito em vez do pagamento instantâneo desenvolvido pelo BC.
"Nós estamos fazendo uma associação com as carteiras, como Google Pay e Apple Pay, e ao invés de colocar cartão de crédito lá, pode apenas colocar Pix lá", completou.
O chefe da autoridade monetária ressaltou os efeitos do Pix sobre a bancarização no Brasil e o aumento da inclusão nos serviços financeiros. Segundo ele, o meio de pagamento instantâneo do BC está substituindo outros produtos bancários mais rapidamente do que se imaginava no início.
Campos Neto mostrou um gráfico comparando a velocidade de adoção do Pix entre a população brasileira e o que acontece com os meios de pagamento instantâneo em outros países.
No Brasil, há duas transações por dia por pessoa bancarizada, o que representa quase quatro vezes mais do que na Índia. "É muito impressionante o que aconteceu aqui", disse.
Segundo Campos Neto, no início, o BC acreditava que em pouco tempo a adesão das pessoas ao Pix atingiria um platô, o que não ocorreu. Quase quatro anos depois de sua estreia no Brasil, o número de transações por pessoa não para de crescer.
Hoje, são 740 milhões de chaves Pix ativas e 201,6 milhões de operações em um único dia. No total, 150 milhões de brasileiros e 14,5 milhões de empresas utilizam o meio de pagamento instantâneo do BC.
"Pix é uma realidade, mas é só o começo", afirmou Campos Neto.
STÉFANIE RIGAMONTI