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Frente da Ales debate atualizações na "Lei do MEI"

Segmentos relacionados ao empreendedorismo foram ouvidos sobre as possíveis mudanças na legislação atual, que tem 12 anos de vigência

Por Regional ES

19/07/2024 às 06:28:01 - Atualizado há
"Mercado e a forma de empreender mudaram de 2012 para 2024", avalia Xambinho (centro) / Foto: Eduardo Dias

Possíveis alterações na Lei Complementar do Espírito Santo (LC 618/2012) que regula as atuações do Microempreendedor Individual (MEI), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) foram debatidas em uma reunião realizada nesta quinta-feira (18), em Vitória. O encontro foi promovido pela Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e do Empreendedorismo Capixaba, presidida pelo deputado estadual Alexandre Xambinho (Podemos).

De acordo com dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Espírito Santo conta com cerca de 400 mil microempreendedores individuais, que geram renda e empregos em todo o Estado.

O funcionamento desse segmento em âmbito nacional é regido pela Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, de 2006. Em 2012, o Espírito Santo aprovou uma lei complementar para regulação do setor. As discussões atuais fomentadas pela Frente Parlamentar da Ales têm a intenção de atualizar as regras e atender demandas de pequenos empreendedores surgidas nos últimos anos.

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"O pequeno empreendedor gera muitos empregos e renda no Espírito Santo. Essa lei estadual tem 12 anos, ela precisa ser atualizada porque o mercado e a forma de empreender mudaram de 2012 para 2024. Daqui a 10 anos ela vai precisar ser atualizada novamente, porque o mercado se inova", disse o deputado Alexandre Xambinho.

O superintendente do Sebrae no Espírito Santo, Pedro Rigo, destacou a importância das discussões para alterações na lei estadual. "Mudou muita coisa, mudou o comportamento empresarial, mudou o comportamento do consumo, mudou a evolução tecnológica, a inovação, as startups são uma realidade empresarial que precisam ser tratadas nas leis. Ou seja, muita coisa mudou no mercado, o mercado evoluiu e a gente precisa evoluir com a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa", opinou o representante do Sebrae/ES.

O diretor-presidente da Agência de Desenvolvimento das Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedorismo (Aderes), Alberto Gavini, avalia que o resultado das discussões precisa atender a demanda dos empreendedores.

"A lei precisa ser atualizada porque o mercado empresarial e o mercado de trabalho mudaram nesse período. A lei precisa ser revisada em diversos aspectos, na questão das startups, na questão das franquias, como foi falado aqui. É uma lei que precisa ser muito debatida, para que o documento final seja um documento consistente, que venha atender as necessidades dos pequenos negócios capixabas", avalia Gavini.


Além dos representantes do Sebrae e da Aderes, também participaram do encontro outras entidades, como a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo (Fecomércio) e a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes).

A Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa e do Empreendedorismo Capixaba também vai realizar essas discussões em outros municípios, como São Mateus, Linhares e Cachoeiro de Itapemirim. O planejamento é para que o texto com as atualizações seja concluído até novembro.

Também está aberta uma consulta pública no site da Ales para colher sugestões que possam contribuir com a formulação da nova proposta.

Fonte: Assembleia Legislativa do Espírito Santo
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