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Sitesci cresce junto com os trabalhadores e avança na luta pelos direitos da classe: "caititu fora da manada é comida de onça"

Por Regional ES

21/07/2024 às 19:27:56 - Atualizado há
Foto: Reprodução

O SITESCI - Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Serviços de Saúde do Sul do Estado do Espírito Santo, cresceu, apareceu. E com ele, a luta pelos direitos da Classe avançou. Enfrentou turbulências com a (des) Reforma Trabalhista, a (des) Reforma da Previdência, o desmantelamento do Movimento Sindical promovido por extremistas, e por aí vai. Mas resistiu bravamente e está se reinventando.

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E uma das protagonistas à frente do Sindicato durante e após a tormenta tem nome, sobrenome e uma história e tanto. Joana Darck Caetano, a presidenta do SITESCI, é uma daquelas mulheres bravas, que viram onça quando a pauta é a luta pelos direitos dos trabalhadores. E, diga-se de passagem, argumento, experiência e razão é o que não lhe falta: "Uma varinha sozinha se quebra facilmente, mas um feixe delas não se quebra nunca. E como diz o ditado popular "Caititu fora da manada é comida de onça"".

Escritora, professora de Geografia e Língua Espanhola, jogadora de Capoeira, em uma entrevista franca e direta, Joana Darck conta tudo e mais um pouco das lutas enfrentadas e dessa nova fase do SITESCI. Inclusive sobre a curiosa origem do seu nome. Acompanhe:

TEMOS ACOMPANHADO NA IMPRENSA E NAS REDES DO SITESCI VÁRIAS VITÓRIAS DO SINDICATO A FAVOR DOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS. CITE ALGUMAS MAIS RECENTES

"A vitória do processo da Cesta Básica para os trabalhadores do Hospital Apóstolo Pedro- Mimoso, inclusive com pagamento retroativo; a inclusão dos Auxiliares de Enfermagem no direito ao Ticket-Alimentação de R$ 102,00 em estabelecimentos com mais de 100 funcionários; cumprimento do pagamento de R$ 0,50 por refeição no Hospital Unimed, que estava cobrando R$ 4,50".

A CLASSE TRABALHADORES SOFREU DUROS GOLPES NAS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA. ISSO PREJUDICOU TAMBÉM DIRETAMENTE OS SINDICATOS, QUE TIVERAM QUE SE REINVENTAR. COMO O SITESCI ENFRENTOU ESSAS CRISES? COMO SE REINVENTOU?


"O SITESCI enfrenta desde 2016 uma crise que amarrou as ações políticas da entidade. Não foi somente a crise financeira com a retirada das contribuições sindicais dos não filiados, mas também a pandemia de Covid-19, que afetou todos os setores, e o Piso da Enfermagem, que para o Sindicato foi e está sendo muito turbulento. Isto porque, apesar da grande conquista e somos muito gratos ao Senador Fabiano Contarato que apresentou o Projeto de Lei do Piso e ao Presidente Lula que sancionou, é uma transação entre Ministério da Saúde, Secretaria Estadual de Saúde e Hospitais – e o Sindicato não tem poder para acertar os erros que ocorrem frequentemente, tanto em casos específicos de documentação de trabalhador, quanto coletivo no CNPJ da empresa. Por exemplo, se o trabalhador tiver alguma irregularidade com Coren, Cofen ou CNES, não consegue receber. Nesse caso, o que o Sindicato pode fazer pelo filiado é orientar para a regularização.

O SITESCI resistiu a esse período de obscurantismo. Agora sim, começa a se reinventar com Assessoria de Comunicação, Atendimento Psicológico aos filiados, Curso de Inglês e outras novidades que estão sendo construídas".

O BRASIL VIU O EXTREMISMO ASCENDER AO PODER. E DEPOIS SER DERROTADO POR LULA, APOIADO PRINCIPALMENTE PELOS QUE MAIS PRECISAM DO PODER PÚBLICO, QUE SÃO OS DAS CLASSES C E D, OS MAIS CARENTES. NO ENTANTO A POLARIZAÇÃO CONTINUA. QUAL A AVALIAÇÃO DA PRESIDENTE DO SITESCI?

"O Brasil sempre esteve polarizado do ponto de vista social. Basta analisarmos a pirâmide social para verificar que a base onde estão a classe C e D, é imensamente maior que o topo, onde está a classe A, em que 10% dos mais ricos concentram 51% da renda total do país. Então essa disparidade social é antiga. O que se acirrou agora foram os comportamentos dos que possuem empatia e os que NÃO possuem empatia. Para isso foi criado o Gabinete do Ódio, para alimentar os que se identificam com o preconceito, racismo, homofobia, xenofobia, intolerância religiosa, aporofobia e muitos outros sentimentos que revelam a pequenez humana dessas pessoas. A minha avaliação é que temos que agir no combate ao fascismo em cada canto e sempre, pois segundo Antônio Gramsci "a cadela do fascismo está sempre no cio". Faremos a nossa parte para que essa fase obscura passe e nos manteremos alertas aos movimentos em torno dessa pauta".

ESTE ANO TEM NOVAMENTE ELEIÇÃO. COMO O SITESCI VAI SE COMPORTAR?

"O SITESCI vai se alinhar com aqueles que defendem os interesses da Classe Trabalhadora. Precisamos de representantes nos espaços de poder que usem suas vozes para fazer ecoar as reivindicações dos trabalhadores".

SOU TRABALHADOR DA SAÚDE. POR QUE DEVO ME FILIAR AO SITESCI?

"Porque ninguém vai defender mais os seus direitos coletivos e individuais do que o Sindicato. Além disso, cada um que se filia, fortalece a entidade para a Luta de Classes. O primeiros motivos são esses. Depois pelas oportunidades que o Sindicato que está oferecendo com Psicólogo, Curso de Inglês, Convênios, etc..."

DEIXE UM RECADO PARA OS TRABALHADORES E TRABALHADORAS

"Filie-se ao seu Sindicato. Fortaleça o seu Sindicato. Tudo que você recebe em seu contracheque foi luta de anos e anos do Sindicato a seu favor. Uma varinha sozinha se quebra facilmente, mas um feixe delas não se quebra nunca. E como diz o ditado popular "Caititu fora da manada é comida de onça".

E PARA FINALIZAR, UMA CURIOSIDADE: QUAL A ORIGEM DO SEU NOME?

"A história do meu nome é mesmo curiosa. Na verdade, minha mãe havia escolhido o nome Bárbara para mim. Mas aos oito meses de gestação, chegou em visita na casa dela, um vizinho muito querido, raizeiro conceituado na região e pediu para batizar a criança que estava para nascer. Minha mãe aceitou e ele disse: "Se for uma menina, vamos colocar o nome de Joana Darck, que foi uma guerreira francesa vitoriosa". Ele sequer cogitou um nome masculino para a criança que estava no ventre. Minha mãe ficou sem jeito de falar não e também nem comentou que tinha pensado outro nome. Tive a sorte de conviver com meu padrinho até os sete anos, quando ele virou uma estrela. E assim, fiquei Joana Darck até hoje".

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