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Alta na produção e queda no consumo gera perda aos produtores de mamão

Por Regional ES

26/07/2024 às 06:14:08 - Atualizado há
Foto: Divulgação

Diferente do que ocorreu no primeiro trimestre deste ano, quando faltou mamão no mercado e os produtores venderam a fruta a R$ 9, 10 o quilo, agora a situação é inversa. O quilo está sendo comercializado entre R$ 0,30 e 0,50 centavos.

O presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), José Roberto Macedo Fontes, disse que praticamente todos os produtores estão perdendo fruta na roça.

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"Nós estamos em uma época do ano em que naturalmente se consome menos produtos tropicais, inclusive o mamão. Por outro lado, tivemos uma formação de cacho interessante e estamos com uma oferta exagerada da fruta", explica Fontes.

Produtor há 30 anos, Sávio Cazelli Torezani, endossa o que disse o presidente da Brapex. Ele conta que um desequilíbrio climático fez as frutas amadurecerem três vezes mais rápido que o normal e o mercado não dá conta de absorver.

"O mercado consome três toneladas da fruta, pode chegar a quatro, quatro e toneladas e meia. Mas as lavouras começaram a produzir 10 toneladas. Normalmente são colhidas semanalmente uma, duas frutas por pé, estamos colhendo de sete a 10 frutas. Além da questão climática, o bom preço dos últimos 30 meses fez os produtores triplicarem suas áreas plantadas, o que também elevou a oferta da fruta", explica.

O produtor Arthur Orletti Sanders, de Pinheiros, conta que, com muita oferta e pouca demanda, os compradores estão adquirindo as melhores frutas do mercado, o que tem evitado um prejuízo maior para ele.

"O mercado de mamão, de forma geral, está muito ruim, muita gente perdendo tudo. Estamos conseguindo escoar nossa produção no limite, graças à qualidade da fruta e as parcerias comerciais que já temos estabelecidas. Se ficarmos um dia sem vender, nós perdemos".

Arthur disse ainda que o quilo da fruta vendido a R$ 0,50 não cobre os custos. O ideal é que estivesse sendo comercializado a R$ 1. A expectativa é de que o preço volte a subir gradativamente a partir da primeira semana de agosto.


Fonte: Conexão Safra
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