Candidato à reeleição, Adaelson Magalhães atribuiu a ligação clandestina à empresa responsável pelo empreendimento, que ainda está em construção
A Energisa interrompeu uma ligação clandestina da rede de iluminação pública de um bairro ainda em construção em Miraí, Zona da Mata. A distribuição foi interrompida já em meio à campanha eleitoral, em 10 de setembro, dia seguinte ao que o prefeito de Miraí e candidato à reeleição, Adaelson Magalhães (Republicanos), divulgou, às vésperas do início da Exposição Agropecuária de Miraí, imagens do local, conhecido como bairro Coelho, iluminado.
Para a execução da obra e aprovação da ligação de energia no bairro Coelho, explica a Energisa, a concessionária ainda deve avaliar se os documentos apresentados atendem às normas exigidas por Lei. "Diante disso, a Energisa precisou interromper imediatamente o fornecimento de energia na localidade. A distribuidora está à disposição do município para análise do projeto e posterior autorização da ligação", conclui a empresa.
A interrupção levou a coligação adversária de Adaelson, "Juntos por Miraí", encabeçada pelo candidato Felippe Fortuce (MDB), a pedir à Justiça Eleitoral a inelegibilidade e a cassação do registro da candidatura do prefeito à por suspeita de abuso de poder político e econômico. A representação argumenta que o prefeito e candidato à reeleição teria se utilizado "de um empreendimento público, que se encontra ainda em fase de implantação, para sua propaganda eleitoral".
Ao esclarecer o episódio, Adaelson, em um vídeo publicado nas redes sociais no mesmo dia em que a distribuição de energia foi interrompida, reconheceu que o bairro Coelho está inacabado e atribuiu a ligação irregular à empreiteira responsável pelo empreendimento. "Simples assim. Em poucos dias, (a energia) será ligada definitivamente, com a obra totalmente concluída", justificou o candidato à reeleição.
O Aparte procurou Adaelson, mas os contatos, por telefone e mensagem, não foram atendidos até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto. Tão logo o prefeito se posicione, a manifestação será acrescentada na matéria.