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"Se fosse um país, ES seria 2º maior produtor de café do mundo", diz especialista

Durante evento em Pedra Azul, especialista da Futura apresentou análises do setor, que, além do café, também teve destaques em pimenta-do-reino e fruticultura

Por Regional ES

01/11/2024 às 07:02:40 - Atualizado há
Foto: Apex/Divulgação

Com o tema "Do campo à mesa: tendências, inovações e gestão no futuro do Agro", o Encontro Agro Business aconteceu nesta quinta-feira (31), em Pedra Azul, Domingos Martins, na região Serrana do Espírito Santo, onde especialistas debateram perspectivas para o agro em 2025.

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Lucas Schuller abriu a programação do Agro Business

Um dos pontos abordados foi o desempenho do setor agropecuário do Estado. Um dos destaques, como já era esperado, foi a cafeicultura capixaba. O especialista econômico da Futura, Lucas Schuller, que abriu a programação, afirmou: se fosse um país, o Espírito Santo seria o segundo maior produtor de café do mundo.

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Durante a exposição, o especialista apresentou análises do setor, que além do café, também teve destaques em pimenta-do-reino e da fruticultura. Segundo Schuller, os números são importantes para que empresários do campo possam tomar decisões estratégicas.

Desafios para o agro no Espírito Santo

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Victor Casagrande e Americo Buaiz Neto

Logo após a fala de Schuller, houve o painel de cobertura, que contou com o diretor institucional da Apex, Victor Casagrande, e Americo Buaiz Neto, vice-presidente da Rede Vitória. O painel foi mediado por Rúbia Hollunder, coordenadora de eventos da Apex.

Segundo Victor Casagrande, o Brasil é um país referência quando o assunto é agronegócio.

"Nós, às vezes, falamos muito sobre os desafios e, sim, o país ainda tem um longo caminho a percorrer. Mas, quando o assunto é agronegócio, o Brasil é um país de primeiro mundo", disse.
Foto: Apex/Divulgação

Americo Buaiz Neto destacou o papel da Rede Vitória na divulgação das potencialidades do agro capixaba:

"Através dessa parceria entre Apex e Rede Vitória, nós tentamos usar as nossas quase oito horas de programação regional para contar histórias do agronegócio e mostrar empresas que já têm sido um divisor de águas na economia do nosso Estado. Nós repercutimos isso através do Folha Vitória, que hoje é o maior jornal online do Espírito Santo. E também repercutimos isso em rádio. E o papel é de fato que chegue ao conhecimento do público aquilo que realmente o agro tem feito para a economia do Estado", destacou Americo Neto.

Impactos de conflitos globais na balança comercial brasileira

Após o primeiro painel, quem subiu ao púlpito foi o economista-chefe da Apex, Arilton Teixeira, que trouxe um novo panorama sobre os desafios e tendências do agronegócio brasileiro.

O especialista abordou temas como o impacto da desaceleração na China e as eleições presidenciais nos Estados Unidos. Além disso, ele comentou como conflitos geopolíticos podem afetar a balança comercial brasileira, especialmente para o setor agro.

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Arilton Teixeira, economista-chefe da Apex

Quem também esteve presente no evento foi o secretário de Estado da Agricultura do Espírito Santo, Enio Bergoli, que falou sobre práticas ESG, que se tornam cada vez mais uma tendência de mercado e que o Espírito Santo é a vanguarda nesse tipo de organização no Brasil.

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Enio Bergoli, secretário estadual de Agricultura

"As práticas de ESG vieram para ficar e estão no centro da atenção. É um fenômeno global que realmente está impactando os consumidores. Quem está pronto para atender essa demanda? Eu diria que ninguém do mundo está mais pronto que o Brasil e ninguém, dentro do Brasil, está mais pronto que o Espírito Santo", afirmou.

Durante a apresentação, o secretário falou sobre o Programa de Desenvolvimento Sustentável da Cafeicultura do Espírito Santo, que conta com 27 projetos. Dentre eles, a adequação de oito mil propriedades cafeeiras no processo de sustentabilidade até o fim de 2026.

O futuro do setor cafeeiro no Espírito Santo

Dando sequências às falas do secretário, Fernando Maximiliano, da Coffee Market Intelligence e Fabricio Tristão, presidente do Centro do Comércio de Café de Vitória (CCCV), apresentaram o painel "O futuro da cafeicultura capixaba", mediado por Gabriel Murtha, assessor de investimentos da Apex.

Segundo os especialistas, o Espírito Santo se firmou como um dos maiores exportadores de café do país, principalmente de conilon.

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Gabriel Murtha, Fernando Maximiliano e Fabricio Tristão

O Estado se tornou um pilar fundamental para a cadeia cafeeira brasileira e segue batendo recordes a cada mês: em 2023, o Espírito Santo exportou quase 6 milhões de sacas, com um aumento de 94,5% em relação a 2022.

Apesar dos bons resultados, o Espírito Santo enfrenta desafios logísticos e é preciso acompanhar novas regulações internacionais que afetam o setor, como por exemplo, as exigências da União Europeia para Produtos Livre de Desmatamento.

Novas tecnologias e automação agrícola

As novas tecnologias também foram tema de discussão durante o evento, com o diretor de agronegócios da PwC, Fabio Pereira, e mediação de Janderson Matias, Analista de Distribuição B2C da Apex.

Foto: Apex/Divulgação
Fabio Pereira, diretor de agronegócios da PwC

Pereira falou sobre o impacto da tecnologia e da automação agrícola na produtividade brasileira.

Durante o painel, Fabio apresentou insights do Termômetro da Inovação Aberta no Agro, estudo lançado pelo PwC Agtech Innovation, destacando as áreas-chave para o desenvolvimento de inovações no setor, e abordou temas fundamentais para o futuro do agro, como:

- A maturidade do ecossistema de inovação no agronegócio e os pontos que precisam de mais atenção.

- A contribuição das parcerias com startups e hubs, como o PwC Agtech Innovation, que conectam mais de mil startups a grandes players do setor.

- Os desafios de digitalização enfrentados pelo setor, com base no Índice de Transformação Digital Brasil, realizado pela PwC Brasil em parceria com a Fundação Dom Cabral.

Fábio encerrou o painel com uma reflexão sobre o futuro: a tecnologia e as agtechs estão revolucionando o setor agrícola, rumo a práticas mais eficientes, sustentáveis e responsáveis:

"O cenário é de otimismo para os próximos anos. Temos dois desafios para o agronegócio, as mudanças climáticas e a tecnologia. Mas enfrentar esses desafios vai gerar valor, vai trazer oportunidades para inovação e para investimentos, e teremos avanços em áreas importantes, como digitalização e bioinsumos, por exemplo".
Fonte: Folha Vitória
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