Um policial militar foi preso na madrugada deste domingo (24) após se envolver em uma confusão durante uma blitz da Lei Seca, na Enseada do Suá, em Vitória. Ele chegou a agredir o delegado da Polícia Civil Maurício Gonçalves da Rocha, chefe da Divisão Especializada de Delitos de Trânsito.A situação começou após a abordagem de um veículo na Rua Marília de Rezende Scarton Coutinho. O condutor do carro, que não teve a identidade revelada, recusou o teste do bafômetro.
Quando os agentes informaram que seria lavrado um auto de infração, o passageiro, que se identificou como policial militar tentou intervir, pedindo que o procedimento não fosse realizado.
Segundo apurou o Folha Vitória, o militar estaria com sinais de embriaguez. Diante da negativa, o PM teria se exaltado e xingado os policiais. Após ser dada voz de prisão, ele teria resistido à abordagem e se envolvido em uma briga com os agentes no chão.
A reportagem apurou que o delegado chegou a pedir calma, para que o militar cooperasse.
Pouco depois, no momento em que o delegado estava falando ao telefone, o policial teria desferido um soco na região da orelha de Maurício Gonçalves. Além do delegado, outro policial ficou ferido. O militar teve que ser contido.
Em nota, a Polícia Civil informa que o policial militar conduzido à Delegacia Regional de Vitória foi autuado, em flagrante, duas vezes por lesão corporal praticada contra autoridade policial no exercício da função, por patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário, por resistência à ação policial e por desacato a funcionário público.
O condutor do veículo abordado, que havia recusado o teste do bafômetro, não foi conduzido à delegacia.
Já a Polícia Militar informou que o policial militar foi detido e se encontra preso no presídio militar, à disposição da Justiça. E destacou que a Polícia Militar adotará todas as medidas necessárias e cabíveis para apurar a conduta do policial militar envolvido no fato.
O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Espírito Santo (Sindepes) também se pronunciou sobre o caso, classificando o ocorrido como "profundamente lamentável". A entidade destacou que espera uma apuração rigorosa dos fatos e as devidas providências.
Veja a nota divulgada:
Folha Vitória