Caso aconteceu nos EUA; local prometia tratamento para diversas doenças sem aval do FDA
Um menino de 5 anos morreu após uma câmara hiperbárica explodir com ele dentro na cidade de Troy, em Michigan, nos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Bombeiros do município, o caso ocorreu na última sexta-feira.
A criança foi confirmada como morta ainda no local pelos socorristas. Segundo o departamento, "uma câmara hiperbárica contém 100% de oxigênio, que é até três vezes a quantidade presente em um ambiente normal". "A presença de uma quantidade tão alta de oxigênio em um ambiente pressurizado pode torná-la extremamente combustível", continua.
Ainda assim, os bombeiros afirmam que uma explosão é "incomum", e que o caso "permanece sob investigação ativa".
Numa coletiva de imprensa sobre o ocorrido, o tenente Ben Hancock, do Departamento de Polícia de Troy, disse que a mãe do menino estava ao lado da câmara e sofreu ferimentos nos braços;
O local onde ocorreu a explosão chama-se The Oxford Center, um centro médico alternativo que oferece terapia com oxigênio hiperbárico para diversas doenças sem comprovação científica e aval da Food and Drug Administration (FDA), a agência reguladora de medicamentos dos EUA.
Entre as doenças que o centro promete tratar estão transtorno do espectro autista, paralisia cerebral, paralisia de Bell, epilepsia, TDAH, CovidD-19, depressão, Alzheimer, alopecia, HIV/AIDS, AVCs, enxaquecas, diabetes, Parkinson, entre outras.
Ao The Detroit Free Press, o porta-voz do The Oxford Center, Andrew Kistner, disse que a sexta-feira foi um "dia excepcionalmente difícil para todos nós".