Seis pessoas são suspeitas de integrarem uma organização criminosa que falsificava documentos e pegava empréstimos em nome de pensionistas do Instituto Nacional de Previdência Social (INSS). Ao menos 18 pessoas foram vítimas dos criminosos.
Segundo a polícia, o líder da quadrilha era Juacy Ribeiro da Silva. Ele usava o nome falso de Régis. Além dele, Taymara Pires Ribeiro, Juliana Teixiera de Melo, Rosendo dos Santos Fernandes, Uarison Oliveira Menezes e Antônio Robson Santiago da Costa são alvos da investigação. Quatro suspeitos são de Brasília, um de Vila Velha e outro de Guarapari, no Espírito Santo.
De acordo com o delegado Guilherme Eugênio Rodrigues, as investigações começaram a partir da prisão de Taymara, em fevereiro deste ano, em um banco de Muquiçaba, em Guarapari.
A instituição entrou em contato com a Polícia Civil, que efetuou a prisão em flagrante de Taymara. Pelo celular da mulher, os policiais descobriram a ligação dela com Antônio.
"Semanas antes do crime, o Antônio tentou recrutar o gerente do banco para a prática do crime. Ele perguntou para o gerente se ele conseguiria abrir conta no nome de uma pessoa já falecida, como eles poderiam negociar. O ex-funcionário do banco achou estranho e cortou a abordagem", disse.
De acordo com as investigações, Taymara se hospedava na casa do suspeito. No quarto dela havia vários papeis para confecção de identidades falsas e documentos das vítimas. Entre as pessoas lesadas pelo grupo, está uma capixaba do Norte do Estado.
Segundo a policia, Rosendo dos Santos usava o nome falso de Rodrigo. Ele é quem teria recrutado Taymara, Juliana e Uarison para abrir contas e pegar empréstimos fraudulentos.
Juliana conseguiu pegar cinco empréstimos em nome de pensionistas em diferentes instituições bancárias. Somados, os crimes geraram um prejuízo de cerca de R$ 200 mil. Uarison também aplicou um golpe em Vila Velha.
Os criminosos usavam fotografias deles, mas com dados das vítimas, pensionistas do INSS com idades entre 30 e 50 anos de diferentes Estados do país. A polícia ainda investiga como os criminosos conseguiam as informações.
Apenas Taymara está presa. Segundo a polícia, Rosendo e Uarison tiveram a prisão decretada, mas são foragidos da Justiça. Juliana não teve a prisão decretada. Contra Juacy foi expedido um mandado de busca e apreensão.
A reportagem questionou o INSS se o órgão está ciente do golpe, mas ainda não houve retorno. O texto será atualizado quando recebermos um posicionamento.
Não conseguimos contato com os réus e com suas respectivas defesas. O espaço está aberto, caso queiram se manifestar.
*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record TV
Redação Folha Vitória