Governo dialoga com Tribunal de Contas da União sobre tarifa de pedágio
Em visita ao Espírito Santo, nesta sexta-feira (10), o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, admitiu que o governo federal pode aceitar uma "devolução amigável" da concessão da BR-101 no Estado, que atualmente está com a Eco101, caso não seja possível chegar a um entendimento com o Tribunal de Contas da União (TCU).
A corte de contas havia determinado a redução das tarifas de pedágio no local, o que impacta no contrato firmado com a Eco101 e teria desagradado a concessionária, que teria, segundo o deputado federal Neucimar Fraga (PP), cogitado desistir de gerir a concessão.
"Temos um desafio com o TCU, que está fazendo uma interpretação em relação às tarifas. Isso coloca a viabilidade do projeto de concessão em xeque", afirmou Sampaio em entrevista coletiva, durante visita ao Norte do Estado para a inauguração da pista do Aeroporto de Linhares.
Caso o contrato seja devolvido, as obras de duplicação seriam suspensas até um novo contrato ser viabilizado. O ministro afirmou que vem trabalhando de forma "intensa" para resolver a questão, e chegou a chamar a EcoRodovias (grupo que controla a Eco101), de "grande parceira da União".
Ele afirmou que está dialogando com a TCU para que o tribunal "revisite" as decisões para permitir que a empresa siga operando e entregando as obras.
"Temos na EcoRodovias uma grande parceira da União, operando diversas rodovias. A ECO tem feito um grande trabalho no país. A grande diferença é a modelagem que foi feita no contrato aqui na BR-101", disse ele.