O padrasto e a mãe de Mirella Dias Franco, de 3 anos, foram presos, na manhã deste sĂĄbado (11), por suspeita de torturar e matar a menina, em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre (RS).
De acordo com a PolĂcia Civil do Rio Grande do Sul, as investigações começaram após Mirella dar entrada em uma Unidade BĂĄsica de SaĂșde (UBS), em 31 de maio e morrer minutos depois. Ela estava coberta por hematomas, marcas de queimaduras e fraturas, antigas e atuais, e uma severa hemorragia abdominal, que foi a causa da morte.
De acordo com os agentes, a mãe foi localizada no bairro Guajuviras, em Canoas, ao norte da capital gaĂșcha, e o padrasto foi encontrado em Palhoça, no estado de Santa Catarina, para onde havia ido logo após o crime.
Testemunhas relataram à polĂcia que a menina estava sempre com medo, chorando ou machucada. Disseram também que viram a menina com hematomas e lesões, com medo do padrasto e não querendo retornar para a casa com a mãe em diversas ocasiões.
ProntuĂĄrios médicos confirmaram que a menina teve vĂĄrias entradas em unidades de saĂșde por mĂșltiplas fraturas, escabiose e queimaduras que não haviam sido tratadas adequadamente.
De acordo com a PolĂcia Civil, as agressões ocorreram ao longo de mais de dois anos, durante a convivĂȘncia do casal. Os suspeitos teriam submetido a vĂtima a agressões fĂsicas, privações, negligĂȘncia, e a intenso sofrimento fĂsico e mental como forma de castigo pessoal, o que caracteriza o crime de tortura com resultado em morte.
As prisões ocorreram durante a Operação InocĂȘncia. Os mandados foram deferidos pela 3ÂȘ Vara Criminal de Alvorada, após parecer favorĂĄvel do Ministério PĂșblico, e foram cumpridos pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Alvorada.