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DF registra mais de 2 mil pessoas desaparecidas em 2021; 1 em cada 3 casos é resolvido em até 24 horas


Levantamento da Secretaria de Segurança Pública do DF aponta que, entre desaparecidos, 64% são homens e 34% tem entre 31 e 50 anos. Do total de casos, 15,2% não foram solucionados até janeiro. Namorado de adolescente de 13 anos que desapareceu no DF foi preso

Polícia Civil/Divulgação
O desaparecimento de uma adolescente de 13 anos mobilizou a Polícia Civil do Distrito Federal na última semana. A jovem sumiu após sair da escola, na terça-feira (14), e ficou três dias sem dar notícias para a família. Só na sexta (16), policiais a encontraram na casa de um namorado, em Valparaíso, no Entorno do DF.

O caso se enquadra em uma estatística que ocorre com frequência na capital: a de pessoas desaparecidas. No ano passado, houve 2.131 registros do tipo no DF, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF).

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Desse total, 64% são homens e 34% têm entre 31 e 50 anos. De acordo com o levantamento, a maior parte das pessoas costuma ficar até 24 horas desaparecida, representando 30,3% dos casos.

No entanto, em 15,2% do casos, não houve localização da pessoa até janeiro deste ano. Ou seja, cerca de 320 pessoas desaparecidas no ano passado não foram encontradas pela polícia. A incidência desse resultado é maior entre quem tem mais de 50 anos.

Motivação

De acordo com a pasta, entre crianças e adolescentes, a principal motivação para o desaparecimento é fuga por conflitos familiares, violência doméstica, uso de drogas ou perda por descuido ou desorientação.

Já entre adultos, são comuns os desaparecimentos para uso de drogas. Em comum, jovens e adultos também costumam alegar que somente passaram alguns dias com um namorado ou amigo, como foi o caso da adolescente de 13 anos.

A SSP considera ainda desaparecimentos involuntários, ou seja, casos de vítimas de crimes com restrição de liberdade, homicídios, acidentes, crises psiquiátricas, entre outros motivos. No DF, em 2021, foram 34 registros deste tipo, somando 2,1% do total de pessoas que desapareceram no período.

Por região

A região administrativa que mais registrou casos de desaparecimento foi Ceilândia. No ano passado, 284 pessoas que moravam na região desapareceram, o que representa 13,8% do total em toda a capital.

O número, no entanto, é menor que o registrado em 2020, quando houve 297 desaparecidos em Ceilândia. Em seguida, aparecem Taguatinga e Samambaia, com 174 e 154 pessoas desaparecidas, respectivamente.

Confira o ranking das dez regiões administrativas que registraram o maior número de casos de desparecidos em 2021. Juntas, elas representam 65% do total levantado pela Secretaria de Segurança Pública.

Ceilândia: 284 pessoas;

Taguatinga: 174;

Samambaia: 154;

Planaltina: 145;

Recanto das Emas: 129;

Brasília: 127

Gama: 94

São Sebastião: 87

Sol Nascente/Por do Sol: 85

Sobradinho II: 64

Reincidência

O levantamento aponta ainda quantas pessoas desaparecidas no ano passado são reincidentes, ou seja, já haviam desaparecido antes. Ao todo, foram 79 pessoas. Desse número, o desaparecimento ocorreu:

Pela quarta vez: 3 pessoas;

Pela terceira vez: 9;

Pela segunda vez: 67.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de alguma pessoa desaparecida também pode entrar em contato pelo telefone 197. A denúncia pode ser feita de forma anônima.

Leia mais informações sobre a região no g1 DF.

G1

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