Polícia descobre laboratório utilizado para falsificação de documentos no ES
Um homem e uma mulher confeccionavam Carteiras de Identidade e CNHs para traficantes capixabas e de outros Estados, usando dados de pessoas inocentes
Por Regional ES 23/06/2022 às 20:19:58 - Atualizado há
A Polícia Civil fechou um laboratório de documentos falsos que funcionava em uma casa no bairro Novo México, em Vila Velha. Um homem de 27 anos e uma mulher de 25, foram presos. Com eles, foram apreendidos computadores, uma impressora e papéis muito semelhantes aos originais usados para produção de documentos. A estrutura utilizada pelos criminosos está avaliada em mais de R$ 20 mil. A ação policial aconteceu no último dia 9 de junho. As informações foram detalhadas em uma coletiva de imprensa, na tarde desta quinta-feira (23).
As investigações apontam que os detidos são suspeitos de participarem de uma organização criminosa que confeccionava documentos falsos como: Carteiras Nacional de Habilitação (CNHs) e Carteiras de Identidade. A documentação falsificada era feita para criminosos com mandados de prisão e que estão fora do Estado.
Os agentes do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), em ação conjunta com a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC), chegaram até o local após seis meses de investigação. Eles descobriram que o casal produzia documentação para traficantes do Espírito Santo, São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Nos 26 documentos falsos encontrados, os dados eram de pessoas honestas, cidadãos comuns que não possuíam registros criminais. Mas as fotos usadas, segundo a Polícia, eram de traficantes. De acordo com o perito criminal da Polícia Civil, Gabriel Alípio, a qualidade da falsificação encontrada no material apreendido estava muito elevada. Só seria possível analisar que eram falsos usando uma técnica específica de exposição a um artefato luminoso.
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Os agentes irão investigar também a origem do papel utilizado nos documentos. "Trabalhamos com duas hipóteses: a primeira é que o papel seja original e iremos saber como esse material está chegando nas mãos desse criminoso. A outra é que o papel não seja original e vamos procurar saber como eles conseguem produzir um material de tanta perfeição".
O delegado garantiu que as investigações vão continuar para descobrirem se há participação de outras pessoas no esquema criminoso.
* Com informações da repórter Milena Martins, da TV Vitória/Record TV