Economista diz que a inflação brasileira está mais persistente e alta que a de outras nações
"Com R$ 700 eu consigo comprar o básico como arroz, feijão e macarrão, material de limpeza, para durar uns 15 dias, no máximo. Tudo hoje está muito caro.Não é como antigamente que a gente fazia uma compra e durava um mês", compara, lamentando.
Na prática, isso quer dizer que alimentos essenciais como arroz, feijão, pó de café, leite estão cada vez mais caros e distantes da realidade econômica de muitos brasileiros, principalmente dos mais pobres.
O economista Jackson Teixeira diz que o cenário atual com a inflação crescente é muito preocupante. "Atinge em especial as famílias com rendimentos mais baixos. Essa classe é a mais prejudicada porque ela tem que fazer ajustes no seu orçamento e vai ter que deixar de consumir. As pessoas estão fazendo isso. Vemos pessoas se endividando no cartão de crédito para comprar comida no supermercado. Chega a ser um absurdo as pessoas terem que fazer dívidas para se alimentar", observa.
Entre os fatores para a elevação nos preços estão a guerra da Ucrânia, o aumento da gasolina e do diesel, os reflexos da pandemia da covid-19 e os eventos climáticos extremos que prejudicaram as safras e as colheitas.
Enquanto isso a população vai se virando como pode, eliminando itens da lista de compras ou tentando substituir. "Comprar carne está complicado. Temos que fazer muita substituição. A carne bovina está com preço muito alto. Estamos tendo que optar por ovo e embutidos como salsicha e linguiça. Ou cortes como carne moída. Se a gente vai para o açougue, o pagamento fica todo lá", lamenta a diarista Roseni.
* Com informações da repórter Luana Damasceno, da TV Vitória/Record TV