Economia Inflação

Cesta básica: preço dos itens sobe mais que o dobro da inflação e impacta mais pobres

Economista diz que a inflação brasileira está mais persistente e alta que a de outras nações

Por Regional ES

24/06/2022 às 06:52:13 - Atualizado há
Foto: Reprodução TV Vitória

"Com R$ 700 eu consigo comprar o básico como arroz, feijão e macarrão, material de limpeza, para durar uns 15 dias, no máximo. Tudo hoje está muito caro.Não é como antigamente que a gente fazia uma compra e durava um mês", compara, lamentando.


Foto: Reprodução TV Vitória - Diarista Roseni Lopes passou a fazer compras pequenas quinzenais para driblar a alta do preço dos alimentos

Na prática, isso quer dizer que alimentos essenciais como arroz, feijão, pó de café, leite estão cada vez mais caros e distantes da realidade econômica de muitos brasileiros, principalmente dos mais pobres.

O economista Jackson Teixeira diz que o cenário atual com a inflação crescente é muito preocupante. "Atinge em especial as famílias com rendimentos mais baixos. Essa classe é a mais prejudicada porque ela tem que fazer ajustes no seu orçamento e vai ter que deixar de consumir. As pessoas estão fazendo isso. Vemos pessoas se endividando no cartão de crédito para comprar comida no supermercado. Chega a ser um absurdo as pessoas terem que fazer dívidas para se alimentar", observa.

Foto: Reprodução TV Vitória - Economista Jackson Teixeira diz que a atuação do Banco Central se resume a subir os juros para tentar estabilizar a escalada de preços

Entre os fatores para a elevação nos preços estão a guerra da Ucrânia, o aumento da gasolina e do diesel, os reflexos da pandemia da covid-19 e os eventos climáticos extremos que prejudicaram as safras e as colheitas.

Enquanto isso a população vai se virando como pode, eliminando itens da lista de compras ou tentando substituir. "Comprar carne está complicado. Temos que fazer muita substituição. A carne bovina está com preço muito alto. Estamos tendo que optar por ovo e embutidos como salsicha e linguiça. Ou cortes como carne moída. Se a gente vai para o açougue, o pagamento fica todo lá", lamenta a diarista Roseni.

* Com informações da repórter Luana Damasceno, da TV Vitória/Record TV



Fonte: Folha Vitória
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