Incidente foi no último sábado (23), no Setor de Clubes Sul. Vítima diz que tentou se afastar do equipamento algumas vezes, mas foi atingida mesmo assim; empresa organizadora do evento e banda lamentaram acidente.
Uma mulher de 31 anos precisou passar por cirurgia após ser atingida por um drone durante um show no Setor de Clubes Sul, no Distrito Federal. O caso aconteceu no último sábado (23), no festival Na Praia. À TV Globo, Nathália Nina contou que percebeu que o drone voava baixo, se afastou do equipamento algumas vezes, mas foi atingida mesmo assim (veja detalhes abaixo). Por causa do ferimento próximo ao olho, médicos indicaram que a veterinária passasse pela operação.
Em nota, o Grupo R2, responsável pelo festival, afirmou que o drone era operado pela banda que se apresentava no momento do acidente. A empresa disse ainda que o grupo não tinha autorização para operar o voo e que prestou socorro à vítima (veja íntegra abaixo).
Já a banda Mingana Que Eu Gosto declarou estar "consternada e triste" com a situação e diz que buscou prestar assistência à vítima. "Durante a filmagem do nosso show, o drone que contratamos perdeu o sinal e acertou uma pessoa. Precisamos ressaltar que contratamos um profissional habilitado e com experiência e equipamento adequado", afirma o grupo, em nota.
Ela disse que, mesmo assim, não conseguiu escapar do equipamento. "Eu vi o drone colidindo com essa árvore e vindo na direção do meu rosto. Eu ainda tive o reflexo de abaixar a cabeça, mas pegou no meu rosto", lembra Nathália.
Em seguida, a veterinária afirma que muito sangue começou a sair do ferimento. "Fui avaliada por três médicos, que acharam melhor eu passar pelo procedimento com o cirurgião plástico, por ser uma área muito sensível e que poderia afetar a estética também", disse.
Drone fazendo sobrevoo — Foto: Pixabay/Pexels
Já o piloto deve ter mais de 18 anos. Não há necessidade de habilitação para aeronaves de até 25 kg. Além disso, segundo as regras, é preciso manter uma distância mínima de 30 metros de edificações e instalações.
A Anac determina distância de 30 metros de pessoas que não concordaram em serem sobrevoadas, com exceção de órgãos de segurança pública.
"Sobre o acidente no último sábado, 23 de julho, o Grupo R2, responsável pelo Na Praia Festival, lamenta o ocorrido e informa que o drone não era operado pelos organizadores do evento e sim por uma empresa terceirizada contratada por um grupo musical que se apresentava no local sem que tenha havido autorização da produção para a utilização do mesmo, já que não há permissão para as atrações se utilizarem do equipamento para captação de imagens durante a apresentação.
O Grupo R2 se solidariza com a vítima e informa que tão logo foi comunicado do ocorrido no evento prestou socorro, levando-a de ambulância para o Hospital DF Star e prestando toda a assistência necessária, mesmo o equipamento não sendo de responsabilidade da empresa."
"Nós do grupo Mingana, ficamos arrasados com o ocorrido. Durante a filmagem do nosso show o drone que contratamos perdeu o sinal e acertou uma pessoa. Precisamos ressaltar que contratamos um profissional habilitado e com experiência e equipamento adequado.
Imediatamente após sabermos do ocorrido, buscamos prestar toda assistência possível.
Ainda estamos em conversa para resolver a questão. Estamos consternados e tristes com essa situação.
Nesse momento desejamos boa recuperação e estamos à disposição dos interessados."