Preso pelos crimes, Kelber Henrique Pereira procurou um escritório de advocacia e recebeu a orientação de um aprendiz
Preso por suspeita de matar a mulher e o filho de apenas três meses em Blumenau, Kelber Henrique Pereira, de 28 anos, procurou um escritório de advocacia nesta segunda-feira em busca de orientações jurídicas e foi convencido a gravar um vídeo de confissão que circula nas redes sociais~, de acordo com o delegado Ronnie Esteves, responsável pela investigação do caso.
Esteves disse ao GLOBO que o investigado se recusou a atender a recomendação inicial dos advogados de se entregar à polícia. Após o contato, um estagiário do escritório, de 42 anos, fez contato com o suspeito e o convenceu a fazer a gravação e a entregar o filho mais velho para outra pessoa.
Kelber, que foi preso na noite de terça-feira em Paulínia, no estado de São Paulo, concordou "depois de muita insistência" em entregar a criança, de um ano e dez meses. Segundo o delegado, o estagiário e mais duas pessoas foram até Munhoz, em Minas Gerais, onde deixaram o menino sob os cuidados da avó paterna.
No vídeo, o investigado justifica o crime com a alegação de que tinha bebido na tarde de sábado e que isso o levou a usar drogas. Ele diz não ter memória do momento dos assassinatos. Segundo a Polícia Civil de Santa Catarina, as investigações sobre o duplo homicídio continuam. Kelber já passou pela audiência de custódia e deverá ser transferido para o estado de Santa Catarina nos próximos dias.
Os corpos da mãe e do filho recém-nascido foram encontrados na manhã de segunda-feira após um telefonema anônimo ter alertado a polícia do crime. De acordo com as autoridades, mãe e filho foram encontrados degolados em um quarto do apartamento.
— A policia recebeu uma ligação por volta das 10h informando que no local haveria uma mulher morta. Eles (os policiais) tentaram fazer contato com o morador, mas como não tiveram sucesso entraram. Já na entrada identificaram gotas de sangue — diz o delegado, apontando que os corpos estavam em um quarto fechado.
Nesta quarta-feira, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) manteve a prisão temporária do suspeito. Ele também é investigado pela morte de uma garota de programa no município de Gaspar, no interior de Santa Catarina, em 23 de abril deste ano.