Mães de crianças que possuem Transtorno do Espectro Autista (TEA) fizeram uma manifestação em frente ao hospital da Samp, localizado na Avenida Leitão da Silva, em Vitória, na manhã desta quinta-feira (22).
O protesto reuniu as mães, que cobraram do plano de saúde uma posição em relação ao descredenciamento da clínica onde elas eram atendidas, na Serra. Os tratamentos foram redirecionados para outro local, que segundo elas não é adequado. Algumas também afirmam que não foram comunicadas sobre a mudança.
A Samp informou que a mudança do prestador de serviços de terapias especiais foi necessária para ampliar e garantir assistência adequada aos pacientes, mas algumas mães afirmam que a nova clínica não tem estrutura suficiente. (Leia a resposta da operadora na íntegra no final da matéria).
''Nossos filhos estão totalmente adaptados a terapia que eles estão recebendo. O tratamento está dando a evolução que eles precisam. A quebra deste vínculo terapêutico pode ocasionar crises e até uma regressão no estado comportamental e outras características do autismo. Por isso, pedimos que a decisão sobre o descredenciamento seja revista'' afirma.
No momento do protesto, alguns integrantes participaram da reunião com a diretoria da Samp, mas não tiveram nenhuma resposta concreta.
''Eles demonstraram estarem abertos ao diálogo. Remarcaram a reunião para a próxima segunda-feira, às 14h, no intuito de levar o assunto para a diretoria geral da Samp'' disse a advogada e voluntária no Instituto para Crianças Especiais, Sabrina Freitas.
Leia abaixo, na íntegra, o que diz a Samp:
''Conscientes de nossa responsabilidade, a mudança do prestador de serviços de terapias especiais foi necessária para ampliar e garantir assistência adequada aos pacientes autistas e outros. Entendemos que toda mudança gera adaptação, mas é importante destacar que o novo atendimento é individualizado, conforme demanda de cada um, e o tempo e a frequência avaliados caso a caso, sem prejuízo ao paciente. Os tratamentos são definidos por terapeutas e médicos, e não pela operadora. A Samp mantém a comunicação personalizada com as famílias e continua à disposição para assistência e qualquer dúvida."
*Texto de Natasha Lopes, aluna de Jornalismo da 1ª Residência da Rede Vitória, sob supervisão de Daniella Zanotti
Folha Vitória