Uma reunião do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema) de Guaçuí, realizada na última quarta-feira (5), serviu para debater orientações sobre como evitar danos socioambientais com uma possível invasão do javali na região.
O animal é uma espécie exótica no Brasil, nativa da Europa, Ásia e norte da África, que vem trazendo vários impactos sócio ambientais, com sua presença, em quase todas as regiões do país, com altas densidades nas florestas tropicais da Mata Atlântica.
Embora ainda não haja registro oficial da ocorrência do javali no território do estado do Espírito Santo, há registros no estado de Minas Gerais, em municípios vizinhos. Isso indica que há a possibilidade da espécie expandir sua área de ocorrência até o território capixaba na região do Caparaó.
A oficina de trabalho foi ministrada pelo analista ambiental do Ibama, o biólogo Jacques Passamani, acompanhado pelo analista ambiental Gustavo Almada e a técnica ambiental Thaina Freitas Gonçalves. Foram apresentadas informações técnicas e orientações para evitar danos, nos ambientes naturais e nas atividades agropecuárias, provocados pelo javali. Também foram apresentados requisitos legais e critérios técnicos para o respectivo manejo (monitoramento e controle).
Métodos de controle do javali
O objetivo é capacitar os atores sociais do poder público local para que atuem como multiplicadores do conteúdo apresentado durante o evento. Foram apresentados métodos de controle do javali, com experimentos em vários continentes, apontando, em cada um, seus benefícios e taxa de eficácia.
Ao final, houve um consenso de que é muito importante haver a vigilância e, em caso de relato de ocorrência, deve ser confirmado por algum órgão público, com atuação no município, devendo ser gerado relatório da suposta invasão. Depois, deve ser feito contato imediato com o Ibama, se constatada o fato, para serem iniciadas as medidas de controle.
Tribuna Online