Após ficar internado por cerca de 40 dias – parte na UTI e em coma induzido – o professor e pesquisador da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) de São Mateus, Fábio Luiz Partelli, diagnosticado com malária ao voltar de uma viagem que havia feito à África, recebeu alta na manhã deste domingo (16). Ele compartilhou a boa notícia por meio de suas redes sociais.
"Saudações. Acabei de receber alta do hospital. Agora é recuperar as energias. Graças a Deus, vencemos", comemorou Fábio Luiz em stories no seu perfil no Instagram.
Ele testou positivo para doença e teve o estado de saúde agravado, chegando a ficar em coma induzido, e já havia anunciado no último dia 10 que tinha deixado a UTI.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) confirmou a internação do pesquisador no dia 12 de setembro. Ele estava em um hospital particular em São Mateus e depois foi transferido para outro na Capital.
"Fiquei na UTI por 30 dias e voltei para o quarto. O pior já passou, fiquei em coma induzido", disse o professor da Ufes para a reportagem de A Gazeta quando deixou a UTI.
Em agosto deste ano, o docente voltou de uma viagem que havia feito à África. O professor coordena a parte brasileira do convênio de cooperação técnica firmado entre Brasil, Portugal e Moçambique dentro de um projeto que prevê a produção de café sustentável no Parque Nacional da Gorongosa, em Moçambique. A Ufes informou, em setembro, que possivelmente a doença foi contraída no continente africano
Fábio também é diretor de Pesquisa da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG) e faz parte do Departamento de Ciências Agrárias e Biológicas do campus da Ufes de São Mateus desde 2008.
A malária é uma doença febril aguda transmitida pela picada de mosquitos do gênero Anopheles, infectados com um microorganismo do gênero Plasmodium. Outra possibilidade de infecção se dá por meio do contato direto com o sangue de uma pessoa já contaminada. Após entrar no corpo humano, os parasitas atingem o fígado, no qual se reproduzem e passam a atacar os glóbulos vermelhos do sangue.
Depois disso é que costumam aparecer os primeiros sintomas – em geral, entre oito e 30 dias após a picada. Entre os principais relatados, estão:
Apesar de ter cura, a malária pode evoluir para quadros graves, como anemia, insuficiência renal ou hepática e coma – podendo levar à morte –, caso seja diagnosticada tardiamente. Nesta cartilha da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em parceria com o Ministério da Saúde é possível obter mais informações.
* Com informações de Maria Luiza Silva, da TV Gazeta Norte