Os organizadores da Copa do Mundo anunciarão nesta sexta-feira (18) que nenhuma cerveja alcoólica será vendida aos torcedores nos estádios do Catar, disse uma fonte com conhecimento da decisão à Reuters.
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O anúncio ocorre dois dias antes do início da Copa do Mundo, no domingo (20), a primeira a ser realizada em um país muçulmano conservador com rígidos controles de álcool, cujo consumo é proibido em público.
"Um número maior de fãs está participando de todo o Oriente Médio e Sul da Ásia, onde o álcool não desempenha um papel tão importante na cultura", disse a fonte sob condição de anonimato.
A Budweiser, uma importante patrocinadora da Copa do Mundo com direitos exclusivos para vender cerveja no torneio, deveria vender cerveja alcoólica dentro do perímetro de ingressos em torno de cada um dos oito estádios três horas antes e uma hora depois de cada jogo.
Mas a reversão dessa política ocorre após negociações de longo prazo entre o presidente da Fifa, Gianni Infantino, a Budweiser e executivos do Comitê Supremo de Entrega e Legado (SC) do Catar, que está organizando a Copa do Mundo, disse a fonte.
O álcool ainda será servido dentro das zonas de hospitalidade do estádio, acrescentou a fonte.
Nem a Budweiser, a Fifa nem o SC responderam ao pedido de comentário da Reuters.
Desde que o Catar conquistou os direitos de hospedagem em 2010, surgiram dúvidas sobre o papel que o álcool desempenharia na Copa do Mundo deste ano. Embora não seja um estado "árido" como a vizinha Arábia Saudita, consumir álcool em locais públicos é ilegal no Catar.
Os visitantes não podem levar álcool para o Catar, nem mesmo da seção duty free do aeroporto. O álcool é vendido em bares de alguns hotéis, onde a cerveja custa cerca de US$ 15 (cerca de R$ 81) por meio litro.
A Budweiser ainda venderá cerveja alcoólica no principal FIFA Fan Fest no centro de Doha, disse a fonte, onde a bebida será oferecida por cerca de US$ 14 (cerca de R$ 76) por meio litro. O álcool também será vendido em algumas outras fan zones, enquanto outras são sem álcool.
"Os torcedores podem decidir para onde querem ir sem se sentirem desconfortáveis. Nos estádios, esse não era o caso anteriormente", disse a fonte.
G1