O Paxlovid, desenvolvido pela Pfizer, é indicado para pacientes que não precisam de oxigênio suplementar, mas que apresentam risco de evoluir para casos graves
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nesta segunda-feira (21) a venda em farmácias do primeiro medicamento aprovado no Brasil para o tratamento doméstico da covid-19. Desde março deste ano que o Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir) desenvolvido pela Pfizer teve o uso emergencial aprovado no país. Ele é indicado para pacientes adultos que correm o risco de evoluir para quadros mais graves da doença e não precisem de oxigênio suplementar.
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Estudos apontaram que a droga reduziu em até 89% o risco de internações. Para que o tratamento seja efetivo, o paciente deverá tomar dois comprimidos, duas vezes ao dia, durante cinco dias.
A relatora do processo na Anvisa, a diretora Meiruze Freitas, destacou em seu voto a importância de oferecer o medicamento na rede privada, já que não há incorporação integral dele no SUS.
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O Paxlovid só é disponibilizado na rede pública para os pacientes imunocomprometidos acima de 18 anos ou em pacientes a partir de 65 anos.
Ainda em seu voto, Meiruze destacou o aumento considerável do número de casos de covid-19 vivido pelo país diante da constatação da circulação das novas subvariantes da Ômicron: BA.5.3.1, BQ.1 e BE.9.
Além disso, Meiruze destacou que o fato de haver um medicamento disponível não reduz a necessidade de estar com o esquema vacinal completo, uma vez que trata-se da melhor forma de evitar o agravamento de quadros de covid-19.
Ainda não há informações sobre o preço de venda do Paxlovid. Cabe à CMED Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) fazer essa definição.