Ao todo, 428 detentos não retornaram aos presídios após ganhar o benefício; segundo a Sejus, o número representa um crescimento de 3,6% e supera o ano de 2021
Um total de 428 presos dos 11.588 internos que receberam o benefício da "saidinha temporária", ao longo do ano de 2022, não retornaram ao sistema prisional do Espírito Santo. Os dados consideram detentos que fugiram de casas de custódia, penitenciárias e outras unidades penais e ainda não foram recapturados.
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Segundo a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus), o número representa um crescimento de 3,6% e supera o ano de 2021, quando 388 presos não retornaram aos presídios.
O Brasil adota o sistema progressivo para execução da pena. Isso significa que a pessoa que começa a cumprir pena em regime fechado, depois progride para o regime semiaberto, e posteriormente para o aberto.
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Entretanto, para ter o benefício, os prisioneiros precisam ter o cumprimento mínimo de 1/6 da pena se for primário e 1 /4 se ele for reincidente. Além disso, ainda precisa ter bom comportamento. O preso que tiver alguma ocorrência dentro do presídio precisa passar por uma reabilitação de conduta, que leva até 60 dias. Só depois disso, pode ter o benefício.
Mesmo com as especificações, alguns presos voltam a ser notícia pela reincidência. No início do mês, um homem foi capturado ao ser flagrado pela Guarda Municipal de Vila Velha cometendo crimes. Segundo os agentes, ele se disfarçava de catador de material reciclável para cometer os crimes e estava foragido do sistema prisional desde outubro.
A Polícia Militar do Espírito Santo (PMES) informou que é realizado o policiamento ostensivo para prevenir e reprimir os crimes.
Além do policiamento, a PMES desenvolve operações para inibir crumes e fiscalizações, por meio de abordagens de saturação, podendo ser uma ação que leva à detenção de presos que não retornaram após o benefício do sistema carcerário.