Uma cirurgia dolorosa, cara e com uma recuperação que dura meses está sendo cada vez mais procurada entre os homens. É o alongamento de pernas para fins estéticos para ganhar alguns centímetros na estatura. Segundo a BBC Mundo, a operação requer semanas de convalescença e o paciente fica sem andar por meses. Ela chega a custa em torno de US$ 70 mil (aproximadamente R$ 370 mil).
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"É uma operação dolorosa, que implica em um longo processo de recuperação porque uma parte do osso é mole, então você deve esperar para andar até que esse osso possa suportar o peso do corpo novamente", disse à BBC Mundo o cirurgião Kevin Debiparshad.
O especialista realiza até 50 cirurgias por mês em seu consultório em Las Vegas (EUA), chamado LimbplastX Institute, onde disse ter notado um aumento na demanda de pacientes do sexo masculino. Ele disse que as consultas desse tipo de procedimento dobraram nos últimos três anos.
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No entanto, a cirurgia é polêmica pois tanto a Associação Americana de Cirurgiões Plásticos quanto a Academia Americana de Ortopedistas apontam que esse procedimento é de uso estético.
Primeiro é feito um furo nos ossos da perna, depois são divididos em dois. Uma haste de metal é colocada cirurgicamente no osso e mantida no lugar por vários parafusos.
A haste é alongada lentamente em até 1 milímetro por dia, estendendo-se até que o paciente atinja a altura desejada e seus ossos sejam deixados para cicatrizar novamente.
Especialistas alertam para possíveis complicações, desde danos nos nervos e embolias arteriais até a possibilidade de os ossos não se fundirem novamente. Além disso, há riscos psicológicos, como o fato de alguns desses pacientes poderem apresentar dismorfia corporal.
"Pernas novas"
Sam, um britânico de 30 anos, fez a cirurgia e ganhou 8 centímetros de altura, passando de 1,62 para 1,70 em poucos meses. Segundo ele, as mulheres não namoram homens que são mais baixos do que elas. E ele não gostava da ideia de que não encontraria uma esposa.
O britânico conta que precisou fazer fisioterapia algumas horas por dia, três a quatro vezes por semana, durante seis meses.
"Foi uma experiência muito humilhante. É meio louco... É como ganhar pernas novas e aprender a andar de novo. Parece só uma cirurgia plástica, mas afetou muito mais a minha saúde mental", diz.
Tribuna Online