Paxlovid já está disponível na rede pública estadual, mas farmácias particulares ainda não têm previsão para comercializar o medicamento. Alto custo pode ser uma das causas, diz Conselho Regional de Farmácia.
Em novembro, a Anvisa autorizou a venda de um remédio para o tratamento de Covid-19, o Paxlovid. Farmácias e hospitais particulares foram autorizados a vender e utilizar o medicamento. Mas no Espírito Santo ainda não é possível encontrar o remédio nas redes de farmácias privadas.
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A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), informou que o medicamento foi enviado ao estado no dia 11 de novembro e que foi distribuído para as cidades mais populosos da Região Metropolitana e para as superintendências regionais de saúde. Das superintendências, o remédio é encaminhado aos municípios do interior quando solicitado.
Leandro Passos, presidente do Conselho Regional de Farmácia do Espírito Santo, explicou que o custo do Paxlovid pode ser uma barreira para que ele passe a ser encontrado nas gôndolas.
"No setor público já temos essa movimentação mesmo. No privado ainda não. O valor do medicamento, segundo estimativas, pode girar em torno de R$2.700,00 e isso é um fator a ser considerado. Se for isso mesmo, não será qualquer farmácia que terá esse produto disponível em suas prateleiras. Obviamente a procura será um fator determinante para a disponibilidade. Lembrando que não temos nada oficial ainda, além da liberação para comercialização", disse o presidente.
"Ainda não sabemos qual tipo de receita que vai ser, a gente viu que só vai poder ser liberado em drogarias com receitas, e eu acredito que isso seja até pelo fato de em outro momento da pandemia a gente ter tido compras muito altas de alguns medicamentos que não eram eficazes, explicou a Bruna Durra, farmacêutica.
Farmacêuticos do estado ainda estão esperando mais recomendações sobre a venda do medicamento.
"Agora devem sair novas recomendações dizendo qual tipo de receita vai ser usado, qual prazo de uso, dessa receita, prazo de tratamento, tipo de controle que deve ser feito. Acredito que mais para o final do ano, início do ano que vem, deve ser mais provável de estar aí o medicamento no mercado", disse André Victório, representante do conselho regional de farmácia.