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Vídeo | Jacaré de 1,80m surge em quintal na Serra e assusta morador

Advogado gravou vídeo do réptil, que fez uma visita inesperada em sua casa, em Manguinhos, na noite da última quinta-feira (19)

Por Regional ES

20/01/2023 às 18:52:48 - Atualizado há
Foto: Leitor | Whatsapp Folha Vitória / Jacaré de 1,80m não foi mais visto a partir da madrugada; a dica é não se aproximar, pois o animal pode atacar

Um jacaré de 1,80m foi encontrado no quintal de uma residência em Manguinhos, na Serra, na noite da última quinta-feira (19), e assustou moradores. Segundo o advogado Artêmio Júnior, que fez um vídeo mostrando a visita inusitada, o animal apareceu na casa por volta das 20h.

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"Eu voltava da academia de carro quando os meus cachorros deram o alarme, não paravam de latir. Fui ver o que estava acontecendo e me deparei com ele, perto da cerca, parado. Não tenho ideia de como ele entrou lá", relatou.


Ele disse que já teve o quintal explorado por uma jiboia e por capivara.

"Mas jacaré, e desse tamanho, foi a primeira vez! Deixei o carro na rua porque poderia ferir o animal", explicou. Ele também teve que prender os cachorros para não ter reação do réptil, que não estava para brincadeira", relembra.

Assim como apareceu inesperadamente, o jacaré sumiu de maneira misteriosa. "Por volta das duas da madrugada desta sexta (20), ele não estava mais lá. Não fazemos ideia de como, com aquele tamanho, conseguiu passar pela cerca", relata Júnior.

Ele acredita que o animal deve ter vindo de alguma das inúmeras lagoas existentes no entorno do bairro. "Mas chama a atenção a distância que ele deve ter percorrido", aponta, já que a lagoa mais próxima está a mais de um quilômetro da casa.

Especialista diz que jacarés se deslocam mais no verão por ser época de acasalamento

O coordenador do Projeto Caiman, Yhuri Nóbrega, disse que o grupo não foi acionado na noite de quinta-feira (19) para resgatar o réptil. O projeto trabalha de maneira integrada com a Polícia Militar e recolhe, gratuitamente, jacarés por meio de uma equipe especializada formada por biólogos e veterinários.

"Estamos no verão, período de reprodução dessas espécies. Os animais começam a transitar em busca de parceiros ou de locais para postura de ovos. É comum, nessa época, eles passearem pelas cidades porque a ocupação urbana acabou engolindo a área da floresta, das lagoas, habitat natural dessas espécies que, sim, são nativas aqui do Espírito Santo. Por isso, aumentam números de relatos de encontros desses animais em vias urbanas. Mas não houve até o momento, registro de ataques", explica.

Pelas imagens, ele acredita que se tratava de uma fêmea que, pelo aspecto do volume na barriga, estava à procura de um local de postura dos ovos. A ninhada pode gerar de 30 a 40 filhotes.

"Os casos desses animais em vias urbanas têm um outro aspecto bastante positivo: a de que a população está disposta a colaborar na preservação ambiental, pois os jacarés são animais na lista das espécies em extinção. E, se esses relatos estão aumentando, significa que a população de jacarés está reagindo, mesmo num ambiente urbano", destaca.

Serra recolheu mais de 500 animais silvestres em 2022

A espécie mais presente entre resgatados foi o gambá, com 186 ocorrências. Em seguida vêm as cobras, com 126 casos. Outros 241 resgates são de pássaros, jacarés, cágados e espécies mais raras, como gato do mato.

Após o resgate, o animal passa por uma avaliação a respeito das condições físicas. Caso esteja aparentando boa saúde, com sinais vitais normais e sem ferimentos aparentes, o animal é solto nas área de mata mais próxima de onde foi encontrado. Do contrário, aparentando problemas físicos, o animal é encaminhado para o Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama), localizado no bairro Barcelona.

Ao encontrar um animal silvestre fora do habitat natural, a orientação é que a pessoa acione a Fiscalização Ambiental da Serra, pelos telefones (27) 99951-2321 (até a meia-noite) e (27) 3291-7435, este último das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Enquanto aguardam o atendimento, é importante que não toquem no animal, resguardando, assim, a integridade física dele e a segurança dos humanos que estejam por perto.


Fonte: Folha Vitória
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