A manhã desta segunda-feira (27) ficará na história do Espírito Santo em prol da proteção da população capixaba contra as doenças imunopreveníveis. Com a presença do governador Renato Casagrande, foi lançado o Plano Estadual de Recuperação das Metas de Coberturas Vacinais. O evento no Palácio Anchieta, em Vitória, marcou ainda a nova etapa da vacinação de reforço contra a Covid-19 com doses bivalentes.
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"Desde o início da vacinação contra a Covid-19, fizemos solenidades aqui no Palácio Anchieta para incentivar as pessoas a se imunizarem. Com o tempo, observamos uma redução no percentual das pessoas vacinadas. Geralmente fica entre 90% e 95% e estamos na faixa dos 80%. Ainda assim, somos um dos estados que mais vacinam. Estamos também lançando um plano para recuperar o percentual de pessoas imunizadas e vamos avançar ainda mais", afirmou o governador.
O Plano Estadual de Recuperação das Metas de Coberturas Vacinais visa ao fortalecimento e à retomada, ao longo de 2023 a 2026, das altas e homogêneas coberturas vacinais em todo o território capixaba. O Plano segue as iniciativas do Ministério da Saúde de reorientação de prevenção da saúde, realizadas nos estados e municípios, em resposta à queda das coberturas vacinais observadas nos últimos anos em todo o País.
Pactuado na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), o plano vai apresentar medidas e ações estratégicas a serem seguidas durante os próximos quatro anos em relação às vacinas que têm metas de coberturas vacinais definidas. Os imunizantes fazem parte do calendário nacional de vacinação infantil, no que se conhece como doses de rotina, e são destinados às crianças menores de dois anos de idade.
"Alcançar uma meta ideal de cobertura vacinal ajuda no controle de doenças imunopreveníveis e na proteção de toda a população, prevenindo a letalidade e as sequelas causadas por doenças. Além disso, evita que doenças já erradicadas no passado retornem, como a Poliomielite. Vacinar os filhos é sinônimo de cuidado e amor. É proteção para com ele e com todos aqueles do convívio", ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte.
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Entre alguns pontos estão as medidas necessárias para nortear os processos de aprimoramento do trabalho dos profissionais da saúde voltados à imunização segura, como o fortalecimento das boas práticas e as atualizações de técnicas. Na gestão, a orientação é realizar o abastecimento contínuo de insumos, além de manter as definições que buscam as adequações dos espaços das Redes de Frio em todo o território capixaba.
Além disso, para os próximos quatro anos, o Plano define o alcance de metas de maneira escalonada, para que em 2026 se mantenha o crescimento contínuo dos dados e a manutenção das coberturas preconizadas pelo Ministério da Saúde. As vacinas com metas a serem alcançadas são: Poliomielite; Meningococo C; Penta; Febre Amarela; Pneumocócica 10V; Varicela; Tríplice Viral D1; Hepatite A; BCG; Rotavírus Humano.
Recuperação das coberturas vacinais
Nos últimos anos, o Espírito Santo vive uma redução de metas nas coberturas vacinais dos imunizantes de rotina. Essa queda, que é observada em todo o País, foi potencializada durante os primeiros anos da pandemia da Covid-19, tendo alcançado no Estado, em 2020 e 2021, um dos menores dados dos últimos seis anos.
Diante deste cenário e com a iniciativa do Plano Estadual de Recuperação das Metas de Coberturas Vacinais, o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, e em parceria com os 78 municípios capixabas, almeja para os próximos quatro anos o retorno das excelentes coberturas vacinais que já registradas no Estado.
Atualmente, a Secretaria da Saúde, com o Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI/ES) e diante das pesquisas realizadas, pontua alguns fatores que influenciaram diretamente na redução das coberturas vacinais, como notícias falsas sobre as vacinas e os efeitos adversos delas; a pandemia da Covid-19; a baixa adesão familiar em levar crianças e adolescentes aos serviços de saúde para receber as doses vacinais em tempo oportuno; o não envio da autorização para a vacinação nas escolas, a partir das campanhas de vacinação realizadas; as resistências relacionadas às questões religiosas; e o crescimento de grupos antivacinas.