Sob a orientação da liderança do governo, a Assembleia aprovou na tarde da Ășltima segunda-feira (27), por unanimidade, o projeto que cria uma bolsa-estudante no valor de R$ 800 para alunos da 4ÂȘ série do Ensino Médio da rede pĂșblica do Estado.
Quer receber nossas notĂcias pelo WhatsApp? Clique aqui e participe do nosso grupo de notĂcias!
Na Ășltima sessão antes do Carnaval, o projeto foi motivo de bate-cabeça na base aliada, após o deputado FabrĂcio Gandini (Cidadania) apresentar uma emenda dobrando o valor do auxĂlio de R$ 400 para R$ 800.
Na ocasião, Gandini travou um duro embate contra o vice-lĂder do governo, deputado Tyago Hoffmann (PSB), que defendeu que a emenda era inconstitucional. Gandini venceu e a emenda foi aprovada.
Hoje, Tyago pediu a aprovação do projeto mesmo com a emenda. "Não tinha a opção de votar sem a emenda, ou aprovava o projeto todo ou não aprovava. A aprovação foi combinada com o governo, inclusive, que vai agora aguardar o posicionamento da Procuradoria", disse Tyago.
Clique aqui e siga o RegionalEs no instagram
O QUE O GOVERNO DEVE DECIDIR?
HĂĄ pelo menos trĂȘs possĂveis medidas que o governo pode tomar com relação ao projeto. A primeira seria veto total ao projeto alegando inconstitucionalidade, uma vez que o Legislativo teria extrapolado sua competĂȘncia ao criar despesas para o Executivo sem demonstração do impacto financeiro.
Uma outra possibilidade é o governo sancionar o projeto e cumprir a lei na Ăntegra, pagando o auxĂlio de R$ 800, mas correndo o risco da insegurança jurĂdica, caso a constitucionalidade da emenda seja contestada por algum órgão na Justiça – ou mesmo se a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) der parecer pela inconstitucionalidade.
Mas teria ainda um terceiro caminho: que é o governador sancionar o projeto, mas vetar o artigo que trata sobre o valor. Nesse caso, o PalĂĄcio Anchieta enviaria um outro projeto com o valor da bolsa, que pode ser reduzido, ampliado ou até mantido, mas com a proposta partindo do governo, o que afastaria uma possĂvel ação de inconstitucionalidade (Adin) posterior. Para deputados aliados ouvidos pela coluna, essa seria a decisão mais provĂĄvel do governo.
O governador Renato Casagrande (PSB) foi questionado sobre que posicionamento tomaria com relação ao projeto. Sua assessoria respondeu, por meio de nota, que "o projeto ainda não chegou ao governo, que tem prazo de 15 dias para decidir".