As reações, motivadas como resposta imunológica a uma "ameaça", podem variar de urticária (coceira) e angioedemas (inchaço) a anafilaxia
Não é raro nem incomum ouvir relatos de pessoas que foram hospitalizadas devido algum tipo de alergia desenvolvida após a ingestão de determinados alimentos. A progressão de quadros alérgicos é, quase sempre, motivo de preocupação entre pacientes e médicos. As reações, motivadas como resposta imunológica a uma "ameaça", podem variar de urticária (coceira) e angioedemas (inchaço) a anafilaxia.
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Na última semana, o usuário do Twitter Samuel Custódio, que viralizou em 2022 ao relatar que não conseguia desbloquear seu celular pelo reconhecimento facial devido a um angioedema após ter consumido frutos do mar, voltou a brincar com o episódio e mostrar a suposta reação ao ganhar um jantar em uma aula. O prato? Um risoto de camarão.
Relembre o caso:
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Desse modo, o sistema imune passa a produzir anticorpos contra a proteína daquele alimento, conhecida como IgE, que gera o processo inflamatório.
"A intensidade desse processo depende do quão sensível (alérgica) a pessoa é e se ela já estava previamente inflamada (por outro motivo), e pode, inclusive, ocorrer com alimentos que a pessoa já estava acostumada a ingerir", explicou a médica.
De acordo com a alergista e imunologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Fabiana Mascarenhas, os alimentos que mais costumam causar angioedemas como reações alérgicas são leite, ovo, trigo, peixes e crustáceos.
Além dos alimentos, a reação está comumente associada a alergias a medicamentos, picadas de inseto e contactantes (látex).
Fabiana explica ainda que os angioedemas ocasionados por alergia ocorrem em reação inflamatória à histamina e são associados às reações imediatas (a alimentos ou medicamentos, por exemplo).
Quando provocados pela reação alergica à histamina, os angioedemas costumam aparecer dentro da primeira hora após o contato com o agente que desencadearia a alergia. Fornecido o tratamento adequado, o quadro é revertido rapidamente.
Fabiana observa que quadros de urticária e coceira costumam estar entre 90% dos casos. As manifestações de pele podem também incluir o angioedema, mas não em sua totalidade.
Para tratar os casos de angioedema, Brianna afirma que, primeiramente, é necessário identificar o fator causador e retirá-lo de consumo.
Quadros mais graves podem demandar a intervenção em pronto-socorro, com medicamentos intravenosos e até mesmo o uso de adrenalina autoinjetável, a depender do caso.
É preciso estar atento também a quadros de anafilaxia, quando há o comprometimento de mais de um sistema em virtude da reação alérgica, e adequar a abordagem conforme a manifestação.