Hospital Infantil de Vitória oferece cirurgia para correção de malformação no lábio, boca e face

A malformação do lábio e/ou do palato, também conhecido como 'céu da boca' é caracterizada por uma abertura que pode ser ou não completa nessas áreas. Chamada fissura labiopalatina, acaba refletindo no desenvolvimento incompleto do lábio e/ou do palato, enquanto o bebê está se formando, antes mesmo de nascer.

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A cirurgia responsável pela correção dessa malformação é de extrema importância para a melhora da qualidade de vida dos pacientes. No Espírito Santo, o tratamento é ofertado há quase três anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), em Vitória.

Segundo dados da secretaria de Estado da Saúde, 200 pacientes já passaram pelo procedimento primário.

A boa notícia é que o lábio pode ser reparado ainda nos primeiros quatro meses de vida. Já o céu da boca leva mais tempo.

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"É importante que o acompanhamento das crianças e adolescentes com fissura labiopalatina seja realizado de forma regular e bem próximo, em alguns casos até mesmo durante a gestação do feto. A oferta desse procedimento no Hospital Infantil de Vitória garante maior acessibilidade à população, evitando o deslocamento para outros estados e garantindo atendimento com maior qualidade e comodidade", explicou a cirurgiã plástica e membro consultivo da Comissão de Prevenção e Tratamento de Lesões do HINSG, Rosalie Torrelio.

"Esse projeto ofertado por meio do SUS é fundamental e ajuda muitas crianças desde o início até o dia da alta final. A cirurgia melhorou muito a qualidade de vida da minha filha, principalmente na questão da alimentação e fala. Sou muito grata a Deus e aos profissionais de saúde do Hospital Infantil de Vitória que cuidaram dela com tanto carinho e amor", contou.

Cirurgia é realizada em paciente de até 17 anos e 11 meses

O procedimento para fechar a malformação nos lábios e/ou céu da boca no Hospital Infantil de Vitória é realizado em pacientes com até 17 anos e 11 meses de idade. Além das cirurgias, o projeto passa por uma restruturação. Os pacientes submetidos à correção, também receberão tratamento ambulatorial de ortodontia.

É importante destacar que o diagnóstico de fissura labiopalatina não tem relação alguma com o desenvolvimento mental da criança. Pode, sim, haver algumas dificuldades de comunicação levadas pela fala por conta da malformação apenas.

Saiba como acessar o serviço

É necessário que o responsável pelo bebê, criança ou adolescente com a malformação procure primeiro os serviços de atenção primária mais próximo de onde mora para, então, ter acesso à cirurgia de fissuras labiopalatinas pelo SUS capixaba. É preciso avaliação médica e encaminhamento para o atendimento especializado.

Ambulatórios de acolhimento de novos casos também funcionam toda segunda-feira, das 8 às 17h no próprio hospital.