Três foram presos no ES e utilizavam dispositivos eletrônicos para reter cartões de clientes em caixas de bancos. Segundo a polícia, a quadrilha é da Paraíba
A quadrilha investigada por "pescar" dinheiro em caixas eletrônicos conta até com call center para enganar as vítimas. Segundo a Polícia Civil, eles utilizavam dispositivos eletrônicos para reter cartões em caixas eletrônicos e atuavam em vários estados do país.
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Em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (13), a Polícia Civil informou que concluiu o inquérito policial que investigava três suspeitos de integrarem a quadrilha.
Eles foram identificados como:
- Pedro Olinto, de 58 anos;
- José Roberto da Silva Olinto, 37 anos;
- David Alison Rodrigues de Souza, 27 anos.
Imagens divulgadas mostram como o grupo agia e, segundo a polícia, os envolvidos usavam caixas eletrônicos de agências bancárias e de locais públicos para aplicar os golpes.
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"Os criminosos instalavam dispositivos nos caixas eletrônicos que são capazes de reter o cartão na máquina. Dessa forma é impedido que a vítima retire o cartão do equipamento", diz Guilherme Eugênio Rodrigues.
Durante a ação, eles também ficavam dentro das agências e orientavam as vítimas a ligarem para o número, onde passariam senhas e dados pessoais.
"Um criminoso ocupava o caixa, o outro simulava a utilização do terminal, enquanto fechava a visão, e o terceiro utilizava o terminal do lado para que as pessoas não desconfiassem da instalação", destacou o delegado.
As investigações foram iniciadas em fevereiro deste ano, quando duas vítimas idosas foram lesadas pelo grupo criminoso, que é da Paraíba. Durante uma revista minuciosa no carro de um dos criminosos, a polícia encontrou cartões e dispositivos que eram utilizados para reter os cartões.
"Antes de mandar o carro para o pátio, resolvemos realizar busca complementar e desmontamos o carro; e nos encostos de cabeça, vimos espaços secretos onde encontramos 46 cartões bancários, incluindo das duas vítimas e os dispositivos de retenção", descreveu o delegado.
A polícia explicou também que a organização criminosa é bem articulada e mantém pouco contato entre os integrantes. Isso, com o intuito de não chamar atenção. "As relações são feitas entre parceiros pequenos, que não conhecem os comparsas. Os grupos atuam em sintonia, mas de forma distinta", destacou.
Com as investigações, os bancos foram notificados em busca de qualificação das vítimas. "Estamos aguardando as respostas dos bancos para identificar os estados e direcionar as polícias de onde eles agiram, o que provoca novas investigações em cada estado", pontuou.
"Percebemos que o padrão de prejuízo é de quase R$ 10 mil. Evitam a exatidão porque tornaria a transação mais visível. Eles gostam de agir pela manhã e sempre buscando idoso", esclareceu.
No total, a ação não se restringe às 46 vítimas, sendo que estas são apenas as vítimas recentes.
De acordo com o delegado, outros integrantes da quadrilha continuam agindo pelo Brasil, mas o trio detido na Serra vai responder por furto praticado mediante fraude, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/ Record TV