A presença do suspeito no município representa uma expansão das atividades do PCV, de acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda
Leonardo Cardoso Lemos, conhecido como Leonardo Chuchu, de 32 anos, identificado como um dos líderes do Primeiro Comando de Vitória (PCV), foi preso no bairro Vila Nova, em São Mateus, no Norte do Espírito Santo. Contra ele havia quatro mandados em aberto por homicídio e tráfico de drogas.
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A operação aconteceu depois de trocas de informações entre o Centro de Inteligência e Análise Telemática (CIAT) Norte, da Polícia Civil, com a central na Grande Vitória e demais forças de segurança do Estado.
Após a comunicação, a equipe do CIAT Norte conseguiu identificar o suspeito e realizou a prisão após 48 horas.
A presença do suspeito no município representa uma expansão das atividades do PCV, de acordo com o delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda. Para ele, Leonardo estava na cidade para negociar e distribuir drogas.
"É uma prisão importante, a preocupação da Polícia Civil é justamente essa expansão de território, esta fronteira que o tráfico vem exercendo. Há uma determinação governamental para trabalharmos isso. Como trabalhamos em rede, cada um trouxe a sua cota de informação e conseguimos prendê-lo", relatou.
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"Ele foi para lá para estender fronteiras, foi justamente para fazer levantamento de campo e mercado. Essas pessoas não põem a mão em arma, em drogas, ele manda fazer, manda não fazer, mas ele mesmo não faz", completou.
"É um elemento perigoso, estamos falando de quadro mandados. Foragido do sistema, então um elemento desses ele faz da própria vida um crime, ele nunca vai parar. Então sabemos que ele mexe com esse tipo de distribuição criminosa", relatou.
O delegado diz ainda que a função do suspeito era cooptar pessoas para trabalharem para a facção, e que agora o próximo passo da investigação é descobrir quem são os contatos estabelecidos por ele no município.
"Esse tipo de pessoa é muito inteligente, é um negociante, só que um negociante de substância entorpecente de comércio ilegal", disse.
No momento da prisão, Leonardo não estava armado, nem transportava drogas. Ele tentou enganar os policiais com uma identidade falsa, mas depois se entregou aos policiais.
Ainda segundo Dutra, tudo aponta que Leonardo estivesse na região de São Mateus já há mais de um ano, o que torna a prisão ainda mais importante. "Como o doutor Arruda frisou, é uma prisão importante porque tiramos da rua uma pessoa com poder de decisão no tráfico", disse.