Família corre contra o tempo para juntar 7 mil euros para o translado de Peterson Ribeiro Souza, de 33 anos. O laudo da morte deve ser divulgado nesta quarta (17)
O ajudante de pedreiro Peterson Ribeiro Souza, de 33 anos, realizava um sonho antigo de morar e trabalhar em outro continente. A família celebrou sua conquista e torcia pelo seu futuro, mas o desejo por uma vida melhor se tornou um drama no último fim de semana, quando o capixaba foi encontrado morto no seu local de trabalho, em Portugal.
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O rapaz jantou, brincou com os colegas de serviço e foi dormir. No dia seguinte foi encontrado morto pelos funcionários da empresa de construção civil situada na cidade de portuguesa de Lourinhã. O laudo da morte deve ser divulgado nesta quarta-feira (17).
Além da tristeza de ter que se despedir precocemente de um ente querido, agora a família corre contra o tempo para juntar o dinheiro necessário para o transporte do corpo do rapaz. O valor para esse serviço chega aos 7 mil euros, o equivalente a R$ 37, 5 mil.
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O objetivo era arrecadar dinheiro suficiente para dar melhores condições de vida para a família, e o sonho até começou a ser realizado.
Em entrevista à reportagem do Folha Vitória, a ex-companheira de Peterson, Camila Rodrigues Praniski, contou que o desejo de morar no exterior não é recente e que ele estava feliz com a conquista, mas não estava sendo fácil.
Há cerca de dois anos, Peterson foi para a região de Benfica, em Lisboa, capital de Portugal. O objetivo era trabalhar na mesma área em que atuava aqui no Espírito Santo: construção civil. Mesmo após conseguir se instalar na região e conseguir um trabalho, surgiram outros desafios.
"Com o passar do tempo, Peterson passou a morar em alojamentos das empresas em que ele trabalhava. Ele trocou de empresa várias vezes porque o pessoal que trabalhava lá sacaneava com ele por ser brasileiro, dizia que não ia fazer o pagamento dele, entre outras coisas", contou Camila.
Recentemente, em uma nova troca de trabalho, o rapaz estava novamente morando em uma espécie de alojamento da empresa.
Na noite da última sexta-feira (12), colegas de trabalho contaram que ele jantou, brincou com os outros trabalhadores e foi dormir.
Porém, no dia seguinte, algo não parecia normal. Peterson era conhecido por sempre acordar cedo e até antes dos outros colegas, mas na sexta foi diferente. Ele não apareceu. Preocupados, os outros profissionais foram até o quarto dele e encontraram o rapaz quase sem vida.
"Na sexta pela manhã eu recebi uma ligação de um número desconhecido, depois ligaram de novo e eu atendi. Era o funcionário da empresa que se identificou e disse que meu irmão estava tendo problemas e que teria possivelmente falecido", contou Renan.
Ainda segundo Renan, os trabalhadores da empresa disseram que a ambulância não tinha chegado, que eles estavam fazendo tudo o que podiam e que ele seria informado sobre qualquer atualização.
Mais tarde, em uma nova ligação, Renan foi informado da confirmação da morte do irmão Peterson.
Em conversa com os familiares, ficou decidido que o corpo do capixaba deveria vir para o Brasil. Neste momento começou uma corrida contra o tempo para arrecadar o valor necessário.
"A funerária cobra 7 mil euros para o translado e levar o corpo até o Aeroporto de Vitória. Depois disso, a funerária local ficaria responsável por levar ele até o cemitério de São Domingos, na Serra".
Com o objetivo de juntar o dinheiro suficiente para realizar o transporte do corpo de Peterson, a família decidiu organizar uma vaquinha virtual. Para acessar e doar, basta clicar no link abaixo:
Renan, irmão de Peterson, faz um pedido sobre a arrecadação do dinheiro.
"A dor que estamos sentindo não é exclusividade nossa, mesmo assim gostaria de pedir que nos ajudem, que tenham caridade de ajudar como for possível, doando dinheiro, divulgando, nos ajudem!", disse.