Ao todo, 33 pessoas foram presas no Sul do país, em ação conjunta das polícias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Suspeitos movimentaram R$ 450 mil
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS), em operação conjunta com a polícia de Santa Catarina, prendeu 33 suspeitos de aplicarem golpe dos nudes em vítimas de 12 estados brasileiros, inclusive o Espírito Santo, na manhã desta segunda-feira (29). As prisões fizeram parte da Operação Cantina.
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A investigação teve início em junho de 2022, quando um homem foi preso em flagrante no município de Cachoeirinha (RS) em posse de uma uma pistola Taurus, G2c, calibre .9mm e de um carro modelo Mercedes-Benz, avaliado em R$ 160.000,00, além de diversos celulares.
Segundo a investigação da PCRS, durante o período de junho do ano passado até a prisão dos suspeitos na manhã desta segunda-feira, os criminosos fizeram, pelo menos, 80 vítimas em 12 estados e movimentaram cerca de R$ 450 mil.
O delegado responsável pela investigação, Rafael Liedke, da 2ª Delegacia de Investigação do Narcotráfico (2ªDIN), explicou que os suspeitos já respondiam por crimes graves, como homicídio qualificado, feminicídio e tráfico de drogas.
Em alguns transferências, os homens chegaram a pagar cerca de R$ 50 mil em uma única transferência feita por Pix.
Quando o dinheiro era enviado, era dividido entre os membros da quadrilha, que ostentavam uma vida de luxo e inclusive, investiam boa parte no fomento do tráfico de drogas na região sul do país.
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O grupo agiu em pelo menos 12 estados: Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
Para seduzir os homens, os suspeitos aliciavam menores de idade para que enviassem fotos e vídeos em troca de dinheiro para tornar o golpe mais verossímil. A mãe de uma das jovens, que não quis se identificar, foi uma das testemunhas na investigação.
"Vocês precisam ver as porcarias que ele mandava para minha filha, eu estou apavorada, porque a gente nunca passou por isso. A gente pensa que nunca vai acontecer com a gente", disse em depoimento.
Segundo o delegado Rafael Liedke, a quadrilha era extremamente bem articulada e os golpes eram aplicados com maestria pelos suspeitos, que arrancavam grandes quantidades de dinheiro das vítimas.
"O esquema era perfeitamente delineado, com vasto material que auxiliava na ilusão das vítimas e que era transmitido entre os criminosos. Para a produção do material, os investigados inclusive aliciavam adolescentes, que mandavam fotografias, áudios e vídeos sob remuneração e até mesmo sob ameaças", disse.
Durante o cumprimento da pena, o homem estabeleceu contato com diversas facções criminosas e manteve estas pessoas por perto, que também participaram do esquema de extorsão.
Até o momento, os policiais apreenderam pistolas calibre .9mm, .40, dinheiro em espécie, munição, tornozeleira eletrônica, além de maconha, cocaína, automóveis e celulares.
Os suspeitos responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, tráfico de drogas, porte ilegal de munições e armas de fogo e corrupção de menores.
Porto Alegre (RS)
Canoas (RS)
Cachoeirinha (RS)
Gravataí (RS)
Alvorada (RS)
Viamão (RS)
Tramandaí (RS)
Imbé (RS)
Florianópolis (SC)
Ingleses (SC)
Carianos (SC)