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Professor da Ufes explica como pressão no mar dificulta resgate de submarino

Busca na região marítima onde o Titanic está afundado exige embarcação especializada devido à profundidade e características do local

Por Regional ES

22/06/2023 às 06:14:20 - Atualizado há
Foto: REPRODUÇÃO TWITTER/@TERROR_ALARM

O desaparecimento do submarino Titan, que realizava uma visita aos destroços do Titanic, gerou grande repercussão durante esta semana nas redes sociais. A embarcação desapareceu na última segunda-feira (19). Equipes de resgate dos Estados Unidos e do Canadá estão realizando operações de busca.

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Muitas perguntas rodeiam a situação, que acontece a quase 3.800 metros de profundidade. Além disso, as águas são escuras e existe uma intensa pressão atmosférica atuando sobre o submarino.

Em entrevista ao Folha Vitória, o professor de Oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Agnaldo Silva Martins, explica que a pressão na água é muito intensa. "Quanto mais você desce no oceano, maior é a pressão. Estamos acostumados a aguentar a atmosfera, mas no mar não se compara".


"Imagina estando a 3.800 metros, o nosso corpo não aguenta a pressão que é 380 vezes maior", narra.

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Além disso, mesmo o casco do Titan sendo construído com materiais como titânio, capaz de aguentar pressão, em qualquer hipótese, de fissura ou colisão, a estrutura sofreria uma implosão.

"Nesse tipo de situação, ao contrário de uma explosão, o volume ocupado seria reduzido, como uma garrafa se contraindo. Isso mataria todos os tripulantes presentes na embarcação", descreve o professor.

Como ocorre a comunicação?

Ele narra que, infelizmente, os piores cenários estão rondando a embarcação. "Eles não realizaram nenhum tipo de comunicação e também não largaram o peso de parte da embarcação para conseguirem ir para a superfície sem motor. Infelizmente é muito estranho".

Além disso, ele ressalta que, a procura é longa. "O sonar é bem delicado, em qualquer outro objeto ou embarcação no fundo do oceano é enviado um sinal, ou seja, a procura será bem intensa e longa", disse o oceanógrafo.

Buscas pelo submarino continuam

Desde o desaparecimento, autoridades norte-americanas e canadenses iniciaram uma operação de busca e resgate e também mobilizaram pelo menos duas aeronaves, outro submarino e boias sônicas para realizar uma espécie de varredura na área.

Fonte: Folha Vitória
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