A Azul já manifestou o interesse em operar no local, com voos diretos para Belo Horizonte. Operadora aguarda liberação total do aeroporto para seguir com planos.
Inaugurado em 14 de abril deste ano, o novo Aeroporto de Linhares, no Norte do Espírito Santo, ainda não sabe quando vai passar a receber voos comerciais regulares. A Azul já manifestou o interesse em operar no local, mas o aeroporto ainda aguarda a homologação de um importante instrumento essencial para pousos e decolagens de aeronaves.
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Semanas após a entrega das obras, a companhia aérea fez uma vistoria das condições do terminal, mas não houve o voo teste. Após a inspeção minuciosa do novo terminal de passageiros e da pista de pousos e decolagens recém-ampliada, a Azul listou o que falta para operar na cidade:
O ponto principal a que está condicionada a operação é a instalação de instrumentos de auxílio à navegação aérea, como o Papi (Indicador de Caminho de Aproximação de Precisão, da tradução da sigla em inglês). Esse equipamento é essencial para operações de pouso de aeronaves turbojato, que são aquelas usadas para os voos domésticos pelas companhias aéreas.
Nova pista do Aeroporto Regional de Linhares — Foto: Divulgação/Governo do ES
De acordo com a Secretaria de Estado de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), responsável pela obra em Linhares, o Papi já foi comprado e instalado, mas ainda aguarda homologação das autoridades competentes.
"Após o término dessa análise, será realizada uma vistoria pelo Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) e, em seguida, pelo Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA). Após as vistorias, em caso de aprovação, o auxílio deverá passar por procedimento de inspeção em voo, realizada pelo Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV)", informou o órgão.
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Outro ponto que impedia voos comerciais em Linhares era a estação meteorológica de aeródromo. Essa infraestrutura envia em tempo real e de forma automática as informações meteorológicas para pilotos e responsáveis pela coordenação do tráfego aéreo local, sendo indispensável para segurança.
A estação meteorológica do Aeroporto de Linhares foi construída juntamente com a nova pista. Está pronta e com os equipamentos instalados.
A Semobi informou que, assim como o Terminal de Passageiros do Aeroporto de Linhares, o equipamento já foi homologado e aprovado pela Anac.
Quando fez a vistoria, a Azul ponderou que também aguardava a homologação do procedimento IFR em condições IMC, ou seja, para uma aeronave realizar voo por instrumentos quando necessário. Esse procedimento possibilita a operação de aeronaves quando as condições meteorológicas não permitem a visibilidade mínima, como em voos noturnos.
Avião da Azul — Foto: Reprodução/TV Globo
A Azul informou que suas operações no Aeroporto de Linhares estão condicionadas à instalação de instrumentos de auxílio à navegação aérea, como o Papi, a estação meteorológica de aeródromo e a homologação do procedimento IFR em condições IMC.
Esses auxílios são requisitos para a operação e ainda garantem a segurança, especialmente em dias com condições climáticas adversas.
Portanto, com as últimas atualizações, o aeroporto espera apenas a homologação do Papi para estar totalmente liberado para receber voos.
Aeroporto de Linhares, no Norte do Espírito Santo, antes da reforma — Foto: Leonardo Duarte / Governo do ES
Quando as obras do aeroporto foram anunciadas, a Azul chegou a afirmar que a intenção era oferecer cerca de cinco frequências semanais entre Linhares e Belo Horizonte, em Minas Gerais. A aeronave que fará a rota deve ser o moderno turboélice ATR 72-600 com capacidade para até 70 passageiros.
O novo terminal tem capacidade para receber até 200 passageiros e cinco voos diários. O espaço conta com guichês para as companhias que vão se instalar no local, área para esteira de bagagens e salão de embarque.
Já a nova pista tem 1.860 metros, sendo maior que a pista antiga do Aeroporto de Vitória e também superando outros grandes aeroportos, como o de Congonhas (SP). Ela poderá receber qualquer avião de passageiros que faça voos domésticos. As obras foram custeadas pelo governo do Estado em parceria com o governo federal.